26 de julho de 2025

Adesão de Anilton: dos males, o pior?

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O saudoso Nelson Rodrigues satiricamente  já vaticinava na prensa  de Gutenberg: “toda unanimidade é burra!”

Por Epidauro Pamplona

A ausência de ideologia e identidade políticas do prefeito Anilton Bastos e outros alcaides do Dem,  da “Boa Terra”,  ao aderirem ao governo do Partido dos Trabalhadores, abre um regime de exceção na frágil Democracia tupininquim,  onde os  princípios  do contraditório, do discernimento e da controvérsia, cartesiana ou não, foram  pisoteados  pela “boiada” de executivos públicos e parlamentares baianos que, contrários ao seus eleitores,  acomodaram-se nas prometidas  benevolências do “curral”  petista  sobrepujando e defenestrando  o debate, a cobrança de políticas públicas e a fiscalização sobre o Poder Executivo,  responsabilidades intrínsecas  de toda oposição séria e atuante na ciência que governa os  povos, na ordem natural democrática.

Os árabes dizem que “camelo que deseja chifres, perde até as orelhas”. Além do fuzuê causado na cabeça dos eleitores do Dem e do PT, adversários históricos e beligerantes em Paulo Afonso há muito tempo, a migração solitária do prefeito dito “Gente Boa”, com anuência de seu criador e líder maior, Luís de Deus,  para as fileiras do ausente governador Jacques Wagner, na busca do fisiologismo político e eleitoreiro,  poderá ser um “tiro no pé”  na sua  pretensão inexorável  de permanecer na cadeira-mor do Paço Municipal, haja vista  as promessas de campanha não cumpridas e reiteradas do gestor estadual do PT, em seus dois mandatos, onde o médico legista, a rodoviária, a BA 210 e a UTI para Paulo Afonso foram palavras ao vento, gritantes,  que os pauloafonsinos não escutam mais.

Alheia aos seus correligionários oposicionistas de direita, a deserção do atual prefeito aos dogmas, aos regulamentos e ao pragmatismo do Dem, ex PFL, liberal,  para adoção a vertente do  sectarismo sindicalista e autófago do PT, radical, além de exterminar a oposição para deleite do governador-promessa,  poderá ser o “tiro no ouvido”  na  sua campanha para reeleição, com o gatilho acionado pela jurisprudência ou não,  no complexo dos concursados que aguardam sua vez embasados na Justiça que norteia e objetiva o Direito. Afinal, acham, filosoficamente, “que o que é do homem, o bicho não come!”    

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