"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados" (Mahatma Gandhi)
Quem passa pela Rua Manoel Novais já deve ter visto e achado curioso uma senhora passeando, naturalmente, com um bode em pleno centro de Paulo Afonso, dando ares de cachorro ao animal rural. Trata-se de Dona Edileusa e Popó.
A dona de casa ganhou o bichinho em um jogo de dominó que venceu com o seu esposo no Baba dos Teimosos. "Ele era bem magrinho, feinho… Pra trazer, nós trouxemos até na motinha. Quando eu cheguei aqui eu disse, ‘e agora, como é que vai fazer com esse bode?’", lembra Dona Edileusa.
Enquanto a dúvida sobre o que fazer com o animal persistia, a família de Edileuza começou a estreitar o contato com o bode, e logo todos estavam apegados ao animal, que passou a se chamar Popó.
Desde então, já são seis meses de infinita amizade entre Popó e Edileusa, que trata o bode com bastante carinho, elemento que faz total diferença nesta relação. Sinal disso é a percepção de Popó, que não gosta de se sentir sozinho e não sossega o berreiro enquanto não der conta que Edileusa está por perto.
E quer ver Popó feliz é quando a sua dona o leva pra passear. Esse é um dos prazeres do bode, que também não dispensa uma boa comilança. Maça, banana, uva e folhagens estão dentro da sua dieta, mas o que Popó gosta mesmo é de se deliciar com uma melancia suculenta.
Essa não é a primeira vez que a dona de casa adota um animal diferente para criar como se cria animais domésticos, como cachorro e gato. Edileusa também já criou por alguns meses uma galinha, a Mamusca, que tinha a curiosa satisfação de ficar assistindo televisão enrolada numa toalha no colo da sua dona, enquanto era embalada numa cadeira de balanço.
Dona Edileusa, que recebeu a reportagem do site ozildoalves com muita simpatia, foi enfática sobre as propostas que recebe para vender o bode. "Agora não tem dinheiro pra nada. Não vendo, não mato… Nada! É pra criação mesmo. Todo mundo tem o maior carinho aqui em casa com ele”, falou a dona de casa, que é um exemplo de que tudo pode ser transformado com o amor, e de que toda forma de amar é sempre muito bem vinda.
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