Na inauguração da celebrada Casa de Partos no BTN, o diretor técnico do HMPA em seu discurso disse que na hipótese de anormalidade no parto, a parturiente e seu rebento poderão ser transportados imediatamente em uma ambulância até o Hospital Nair Alves de Souza que, entendido o orador, tem tecnologia e recursos humanos capacitados para procedimentos científicos nos partos de quaisquer modalidades.
Esta afirmação do nobre esculápio da Medicina configura a imperfeição da pressa em começar a funcionar, à “toque de caixa”, antes das eleições, mesmo com benefícios do Governo Federal, esta unidade de Saúde Pública, relata refero, (como se fala), de quatro leitos, sem alvará da Vigilância Sanitária, que só atuará em partos normais, da natureza, sem condições de atuar em casos de risco ou cesarianos, onde não se permite mais aquele tradicional corte doloroso na mãe para que a criança venha ao mundo. Esta tal “Casa de Partos”, que existe nas cidades infra citadas, contrasta com a Maternidade referência que tinha no BTN com médicos obstetras, pediatras e anestesistas, que atendia os bairros da periferia, área rural e as cidades de Pariconha, Água Branca, Santa Brígida, Delmiro Gouveia e Jeremoabo, fomentando o intercâmbio proveitoso na Saúde e na Economia entre os municípios.
A parturiente, que vive o dilema psicossomático achando que no Nair seria melhor assistida do que na nova Casa de Partos do BTN, aumenta sua angústia ao saber que se for necessário terá que parir, se tiver transporte, no “hospital da Chesf”, passando por mais de uma dezena de “quebra-molas” até a chegada, após sofrer horrores. “Será que dá tempo?”
Epidauro Pamplona.