Por Samuel Hermínio
Pior que não ter um teatro é não ter o mínimo de estrutura no Lindinalva Cabral. Nem um sistema de refrigeração se tem por lá, nesse calor que é a marca registrada de Paulo Afonso. Jacobina por exemplo é menor que Paulo Afonso e tem um Centro cultural com ar condicionado, sistema de som e luz, a prefeitura coloca funcionários à disposição do artista para trabalhar na bilheteria e outro para ficar na entrada. Só com isso já se economiza mais de R$500,00, porque o artista não precisa contratar esses equipamentos.
Em Senhor do Bomfim o teatro possui acomodações para dormir e cozinhar, permitindo que se economize mais de R$70,00 por pessoa/dia para se articular o show (fazendo as contas, por uma semana de mobilização na cidade é uma economia de R$490,00 por pessoa!).
Em Juazeiro o teatro possui luz e som profissionais, e um técnico do lugar entrega a luz finada e o som ajustado para uso. Aqui não tem sistema de som, não tem iluminação, a acústica é horrível, não se tem nenhum suporte da prefeitura para o artista, que tem que se virar para alugar todo o equipamento usado no evento e ainda tem que levar o papel higiênico dos banheiros.
Não bastasse isto, ainda incidem taxas e impostos que elevam os custos a um patamar absurdo. Chega a ser quase inviável promover um evento na cidade.