Na edição Nº 50 do jornal Folha Sertaneja, de 28 de Abril de 2008, em um espaço chamado Histórias e Memórias de Pioneiros, uma merecida homenagem a Horácio Gouveia Campelo, um dos pioneiros chesfianos, igualmente homenageado pelo ex-diretor de Suprimento da Chesf, Luiz Fernando Motta Nascimento em seis paginas (319 a 324) do seu livro Paulo Afonso – Luz e Força Movendo o Nordeste, publicado em 1998.
Ali ele diz que “os suíços certa vez inventaram um canivete que fazia tudo. Uma empresa de limpeza lançou um produto que diziam tinha mil utilidades. Paulo Afonso tem um personagem, pioneiro da Chesf que era mesmo um faz tudo e, diferente do que se espera de gente assim, tudo que ele fazia era de excelente qualidade. O seu nome é Horácio Gouveia Campelo”.
Na quinta-feira, quando muitos se preparavam para assistir a Missa do 7º dia de Turpim Nóbrega, estava sendo sepultado no Cemitério Padre Lourenço Tori, o corpo deste outro pioneiro, Horácio Campelo que morreu aos 86 anos.
Em sua homenagem, decidi reproduzir aquele texto da Folha Sertaneja, ao tempo em que abraçamos a todos os familiares e amigos.(Antônio Galdino)
Campelo, o “faz tudo”
Campelo nasceu em Belo Jardim (PE), em 30 de outubro de 1926, mas foi criado em Pesqueira (PE). Logo após a segunda Guerra Mundial, foi servir nas Forças Armadas, na base aérea do Recife onde estavam sediadas tropas dos Estados Unidos da América. Com eles Campelo aprendeu muita coisa na área médica. Assim, aprendeu a trabalhar em laboratório clínico, aparelhos de raio-X, banco de sangue, aparelhos de imobilização, embalsamento e outras atividades da área. Era também um bom taquígrafo e excelente caricaturista. Quando ia dar baixa no serviço militar, foi levado por um oficial para um teste no jornal do Comércio do Recife. Tirou de letra no teste para repórter, pela sua habilidade em taquigrafia.
Ele viveu 86 anos e por onde passava deixava um rastro de alegria
Antes de assumir a nova função de repórter onde ganharia o dobro do que ganhava na base aérea, Campelo pediu um tempo, uns dez dias, para ir a Pesqueira, rever familiares. Dali, resolveu dar uma esticadinha para conhecer a Cachoeira de Paulo Afonso e as obras da Chesf que começavam. E Campelo acabou assumindo a vaga de um apontador que não tinha escapado da malária. O taquigrafo fez o serviço andar ligeiro e recebeu logo o convite para ficar na Chesf. Aceitou na hora. (E, diríamos nós, o JC perdeu um repórter).
Sua experiência na área da medicina o levaram para trabalhar no pequeno hospital construído pela Chesf. E logo comandou o laboratório, depois fundou o banco de sangue, operou os aparelhos de raios-X.
Campelo, conhecido como Doquinha, sempre foi uma pessoa que se dedicava de corpo e alma a tudo que fazia. Uma pessoa com a alma e a sensibilidade dos grandes artistas. Foi secretário do engenheiro Hermínio Kerr, responsável pela operação em Paulo Afonso. Foi gerente do Clube Paulo Afonso e depois do Clube Operário. Ali, pôde mostrar suas aptidões artísticas.
Campelo quando recebia o título de Cidadão de Paulo Afonso na Câmara de Vereadores
Há muitos casos de peças que Campelo pregou em muitos chesfianos e casos em que ele próprio é o maior personagem.
Quando estavam filmando “Os três cabras de Lampião” na região de Paulo Afonso, Campelo, que tinha experiência pelas suas atuações em teatro, foi convidado para fazer o papel de marido da atriz principal Gracinda Freire. Nunca recebeu o dinheiro prometido para esse trabalho.
No teatro, em Paulo Afonso, foi ator e diretor e uma das peças que dirigiu e atuou foi “A cigana me enganou” que teve uma turnê histórica por cidades do Nordeste, chegando até Recife.
Foi decorador dos salões do CPA e do COPA para os grandes carnavais que ali se realizavam todos os anos. Com a encenação de peças de teatro arrecadou dinheiro para terminar a construção da Igreja de São Francisco.
Foi ele o criador do primeiro bloco de travestidos a sair nas ruas de Paulo Afonso nos carnavais dos anos 50. O nome do bloco era “Verdureiras de bigode”.
Na edição Nº 50 do jornal Folha Sertaneja, de 28 de Abril de 2008, em um espaço chamado Histórias e Memórias de Pioneiros, uma merecida homenagem a Horácio Gouveia Campelo, um dos pioneiros chesfianos, igualmente homenageado pelo ex-diretor de Suprimento da Chesf, Luiz Fernando Motta Nascimento em seis paginas (319 a 324) do seu livro Paulo Afonso – Luz e Força Movendo o Nordeste, publicado em 1998.
Ali ele diz que “os suíços certa vez inventaram um canivete que fazia tudo. Uma empresa de limpeza lançou um produto que diziam tinha mil utilidades. Paulo Afonso tem um personagem, pioneiro da Chesf que era mesmo um faz tudo e, diferente do que se espera de gente assim, tudo que ele fazia era de excelente qualidade. O seu nome é Horácio Gouveia Campelo”.
Na quinta-feira, quando muitos se preparavam para assistir a Missa do 7º dia de Turpim Nóbrega, estava sendo sepultado no Cemitério Padre Lourenço Tori, o corpo deste outro pioneiro, Horácio Campelo que morreu aos 86 anos.
Em sua homenagem, decidi reproduzir aquele texto da Folha Sertaneja, ao tempo em que abraçamos a todos os familiares e amigos.(Antônio Galdino)
Campelo, o “faz tudo”
Campelo nasceu em Belo Jardim (PE), em 30 de outubro de 1926, mas foi criado em Pesqueira (PE). Logo após a segunda Guerra Mundial, foi servir nas Forças Armadas, na base aérea do Recife onde estavam sediadas tropas dos Estados Unidos da América. Com eles Campelo aprendeu muita coisa na área médica. Assim, aprendeu a trabalhar em laboratório clínico, aparelhos de raio-X, banco de sangue, aparelhos de imobilização, embalsamento e outras atividades da área. Era também um bom taquígrafo e excelente caricaturista. Quando ia dar baixa no serviço militar, foi levado por um oficial para um teste no jornal do Comércio do Recife. Tirou de letra no teste para repórter, pela sua habilidade em taquigrafia.
Ele viveu 86 anos e por onde passava deixava um rastro de alegria
Antes de assumir a nova função de repórter onde ganharia o dobro do que ganhava na base aérea, Campelo pediu um tempo, uns dez dias, para ir a Pesqueira, rever familiares. Dali, resolveu dar uma esticadinha para conhecer a Cachoeira de Paulo Afonso e as obras da Chesf que começavam. E Campelo acabou assumindo a vaga de um apontador que não tinha escapado da malária. O taquigrafo fez o serviço andar ligeiro e recebeu logo o convite para ficar na Chesf. Aceitou na hora. (E, diríamos nós, o JC perdeu um repórter).
Sua experiência na área da medicina o levaram para trabalhar no pequeno hospital construído pela Chesf. E logo comandou o laboratório, depois fundou o banco de sangue, operou os aparelhos de raios-X.
Campelo, conhecido como Doquinha, sempre foi uma pessoa que se dedicava de corpo e alma a tudo que fazia. Uma pessoa com a alma e a sensibilidade dos grandes artistas. Foi secretário do engenheiro Hermínio Kerr, responsável pela operação em Paulo Afonso. Foi gerente do Clube Paulo Afonso e depois do Clube Operário. Ali, pôde mostrar suas aptidões artísticas.
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