23 de junho de 2025

Paulo Afonso e a Rua da Frente

Por

Por Paulo Artur Moreira

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UMA SURPRESA: A RUA DA FRENTE

 

Estava na rua da frente na última na quarta-feira e passei numa ótica (Ótica Charme) com minha esposa. Notei no balcão um cartaz com o nome A RUA DA FRENTE. Na verdade como estava com pressa achei que era um promoção qualquer da loja. Não era uma promoção, pois perto do sinal bem na esquina tinha uma pessoa vendendo um livro.

Não ia parar pra ver, mas percebi que era o mesmo cartaz que vi na ótica charme. Ou seja, não era um cartaz era um livro chamado A Rua da Frente, de um autor aqui da cidade, que eu não conhecia (o nome dele é Gecildo). Parei pra perguntar do que o livro falava e ele disse que era sobre sua infância e pré-adolescência em Paulo Afonso. Não fiquei empolgado logo. Achava que era mais um livro falando da importância da Chesf. Decidi comprar pra o meu filho, que gosta de ler.

Sai da cidade de Paulo Afonso com 22 anos. Fui estudar em Recife e nunca mais tinha voltado. Fui morar em uma cidade de Goiânia quando me formei. Só que nunca esqueci o tempo de criança aqui em Paulo Afonso, foi um tempo muito bom. Meu filho começou a ler o livro ainda na quarta, mas não me espantei com isso, pois ele é curioso e ler com frequência.

De noite ele já tinha lido o livro todo, mas o que me espantou mesmo foi sua pergunta: – Pai, terminei de ler o livro, o senhor andou muito de Papa-fila, vocês brincavam de tudo isso que tem no livro mesmo? Nunca falei pra o meu filho sobre o tempo que andava nesse carro grande chamado Papa-fila e que levava a gente pra escola e que era uma festa na nossa infância. Me aproximei do meu filho e ele me mostrou o desenho do papa-fila. Minha cabeça voltou no tempo e me emocionei com uma imagem que estava guardada na minha memória. Expliquei como era o carro pra o meu filho e fui correndo pra cadeira da área ler o livro que tinha chamado a atenção de um garoto de 11 anos.

O livro falou das brincadeiras, dos brinquedos que a gente criava, das quedas que a gente levava, dos banhos de chuva, tenho que falar a verdade cheguei a chorar. Lembrei das goiabas da fazenda Chesf, das carreiras que a gente levava dos cachorros, da igreja de são Francisco e da grama que fazia a gente se coçar muito.  Terminei de ler o livro de madrugada com alegria por pode lembrar de tanta coisa. Hoje eu e o meu filho ficamos conversando sobre o que o livro conta.

É bom poder mostrar pra ele o que já passei e como a gente brincava antes. E ele me perguntou: – Pai, e vovó e vovô deixavam vocês irem tanto pro rio? Nem sempre, disse pra o meu filho, às vezes quando eles sabiam era pisa na certa. Parabéns ao autor que colocou historias tão importantes pra tanta gente no papel. Agora podemos mostrar pra os nossos filhos como tudo era antes quando a gera era criança. Sim até o meu pai ficou curioso e já começou a ler.

Paulo Artur Moreira

O livro de Gecildo Queiroz já está à venda, ao valor de R$ 20, na Ótima Charme e loja Milenium, localizadas na Avenida Getúlio Vargas, centro da cidade.

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