O deputado federal e ex-presidente do PT, José Genoino, se entregou na sede da Polícia Federal, em São Paulo, nesta sexta-feira (15). Ele entrou no prédio por volta das 18h20 (horário de verão do Brasil).
Na porta da PF, alguns militantes aguardavam a chegada de Genoino para tentar evitar que ele fosse fotografado. Segundo o G1, houve empurra-empurra, mas não foram registrados incidentes mais graves. Os amigos e militantes gritavam mensagens de apoio ao petista. Já dentro da superintendência, ele também gritou: "Viva o PT".
"Fui em cana, cela fechada, sem banho de sol, torturado e estou aqui, de novo com o espírito dos anos 70", disse, ainda em casa. Antes de sair, ele teve que consolar a filha mais velha, que chorava muito. Aos amigos, também em casa antes de se entregar, comparou essa ocasião a de outra prisão. "Na ditadura, em cinco anos eu fui preso, torturado, julgado, condenado e cumpri a pena. Agora, estou há oito anos esperando", afirmou, segundo a Folha Online.
O deputado saiu de casa, no bairro do Butantã acompanhado da esposa. e do advogado Ele fez um sinal de vitória em direção aos repórteres, mas não conversou com a imprensa.
O advogado de Genoino já havia confirmado que ele recebeu a ordem de prisão.
Nota
Nesta sexta, Genoino divulgou nota dizendo que vai cumprir a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) "com indignação", reafirmando ser inocente. Ele disse também que se considera um "preso político" e que não existe nenhuma prova contra ele.
O deputado cita ainda a "operação midiática", que segundo ele contribuiu para sua condenação", e diz que o julgamento do caso foi marcado por injustiças e desrespeitos "às regras do Estado democrático de direito".
O advogado José Luis de Oliveira Lima, defensor do ex-ministro José Dirceu, afirmou que seu cliente também pretende se apresentar na sede da PF ainda esta sexta. Ele está em Vinhedo, no interior paulista, fazendo os últimos preparativos antes da viagem.