Cinco pessoas foram indiciadas, ontem, pelo crime de homicídio com dolo eventual — quando se admite a possibilidade de matar — pelo acidente que terminou na morte de 13 pessoas no último dia 27, na BR-110, próximo a Alagoinhas, a 107 km de Salvador. No momento do acidente, por volta das 6h, 30 pessoas viajavam em um ônibus da empresa Gontijo de São Paulo com destino a Paulo Afonso. Após uma curva, um trator de 35 toneladas, que era transportado em um caminhão, se desprendeu e atingiu o ônibus.
O motorista do ônibus, José Valdo Liam da Silva, 33, e 12 passageiros morreram. Outras 16 pessoas ficaram feridas. O delegado Jobson Marques, titular da 2ª Coordenaria de Polícia do Interior (Coorpin/Alagoinhas), concluiu, ontem, o inquérito e o enviou ao Ministério Público Estadual (MP-BA).
Ônibus foi atingido por trator que caiu de caminhão (Foto: Evandro Veiga)
Além do motorista do caminhão, Joniçon Lima Santos, 43, que já está preso desde o dia do acidente, quatro pessoas ligadas à empresa São Luiz Terraplenagem, responsável pelo transporte do trator, também foram indiciadas: dois tratoristas, que tinham a função de colocar o trator em cima do caminhão e amarrá-lo, um gerente e um dos donos da empresa.
A máquina era transportada sem amarras. O delegado não informou os nomes dos indiciados alegando não ter o inquérito em mãos. Agora, cabe ao MP-BA analisar o inquérito e oferecer ou não denúncia contra os indiciados.
Caso sejam condenados, cada um deles pode ficar preso por até 30 anos. Às 17h de ontem, o inquérito estava sendo protocolado e não havia chegado ao promotor Frank Monteiro Ferrari, da 3ª Promotoria de Alagoinhas, que será responsável pelo caso.
