Desde às 8h da manhã de segunda-feira (7), uma mulher de 31 anos que reside na cidade de Olho D’água das Flores está sendo feita refém pelo ex-marido, o agricultor Antônio Lourenço dos Santos, conhecido como “Galeguinho Aboiador”, que cobra R$ 50 mil pelo resgate da vítima.
De acordo com a polícia, Adriana Alves Santana estava na residência de seus pais, na zona rural do município, quando “Galeguinho Aboiador” invadiu a casa armado e a obrigou a seguir com ele a pé pelo matagal. Desesperados, os pais da moça comunicaram o caso ao 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM) que realizou várias buscas para tentar localizar o sequestrador, mas sem êxito.
Na noite do mesmo dia, o homem ligou para os parentes da ex-mulher e pediu R$ 50 mil pelo resgate dela. Ameaçando matar a vítima, o criminoso encerrou a ligação e marcou um novo contato para a manhã desta terça-feira. Às 7h, o sequestrador manteve o contato como havia prometido e voltou a exigir o valor cobrado pela liberdade da ex-companheira feita refém.
Nossa reportagem apurou que Adriana Alves é de uma família que não tem muitos recursos financeiros, mas que os pais dela haviam recebido recentemente uma quantia referente a um empréstimo que equivale ao mesmo valor cobrado pelo ex-genro para liberar a filha deles.
O acusado está separado da ex-mulher há cerca de três meses, quando foi preso por agressão física contra ela que revelou na delegacia que era ameaçada e agredida pelo companheiro há mais de 12 anos, período em que se manteve casada com ele e teve cinco filhos, inclusive um deles tem três meses de idade.
Os parentes de Adriana contam que desde que Antônio foi libertado da cadeia passou a ameaçar a ex de morte, afirmando que um dia iria se vingar por ela ter o denunciado à polícia. Os familiares acreditam que o criminoso esteja escondido dentro da caatinga e temem que ele mate a refém, já que no momento em que realizou o sequestro o mesmo se mostrava muito desequilibrado.
O comandante do 7º-BPM, Major Roberto Vale, está neste momento coordenado as negociações para resgatar a vítima. Outras informações não estão podendo ser repassadas para não obstruir os trabalhos policiais.