16 de setembro de 2025

‘Bahia dá Sorte’ é investigado pela Polícia Federal; quatro são presos

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Quatro pessoas ligadas à empresa Bahia dá Sorte foram presas em Salvador pela Operação Trevo, deflagrada pela Polícia Federal na madrugada desta quarta-feira, 12. Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e apreendidos dinheiro, computadores e documentos.
O objetivo da ação, realizada em mais 12 estados, era desarticular uma organização criminosa responsável por movimentar bilhões, por meio de jogos do bicho, máquinas caça-níqueis e comercialização de bilhetes de loteria, disfarçados de títulos de capitalização.

Conforme as investigações, realizadas desde o início do ano, a organização criminosa era formada por três grupos: o Grupo Da Sorte, responsável por títulos de capitalização; A Paraibana, vinculada ao jogo do bicho, com sede no estado de mesmo nome e a Shock Machine, montagem de máquinas caça-níqueis, com sede em São Paulo.

Segundo a PF, o Grupo Da Sorte é responsável por comandar o esquema mais complexo, que se estendia por nove estados, com nomes como Bahia dá Sorte, Pernambuco da Sorte, Goiás da Sorte, Carimbó da Sorte (PA), Alagoas da Sorte, Piauí Cap e Capixaba Cap. Essas empresas vendiam títulos de capitalização irregulares.

Conforme a legislação, quem compra esses títulos, tem a expectativa de receber um prêmio e o direito de reaver até 50% do dinheiro investido após um determinado período, exceto quando autoriza que o percentual seja revertidos a instituições filantrópicas.

"Na contabilidade, era registrado que 50% da arrecadação com a venda de títulos era destinada para uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, mas apenas 1,67% do valor era, de fato, enviado", explicou o superintendente da Polícia Federal de Pernambuco, Marcelo Diniz.
Nas cartelas do Grupo da Sorte, consta que o dinheiro era doado para o Instituto Ativa Brasil, com sede em Belo Horizonte.

Conforme Bernardo Torres, delegado federal de combate ao crime organizado, a instituição era administrada por funcionários do próprio Grupo da Sorte e servia exclusivamente para desviar dinheiro dos apostadores para o patrimônio de empresários ligados ao grupo.

A Tarde entrou em contato com o presidente da instituição, Christiano Rocco, mas o celular estava desligado. A reportagem também tentou falar com um representante do Bahia da Sorte, mas não obteve sucesso.

A comercialização de títulos vendidos por empresas com ligações com o Grupo da Sorte estão suspensas, conforme a PF.

No Brasil
A operação foi deflagrada em Pernambuco, Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão temporária, 24 mandados de prisão preventiva, 57 mandados de busca e apreensão, 47 mandados de sequestro de valores, sequestros de bens imóveis e de veículos de luxo.

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