Tucano atravessa uma grave crise administrativa, onde servidores tem seus salários atrasados e sem uma data definida para recebimento; fornecedores sem ideia de quando poderá dispor dos recursos oriundos das vendas realizadas a Prefeitura; prestadores de serviços, principalmente os proprietários de carros, ônibus, sublocados ao município, com um, dois, e até três meses de atraso; hospital municipal mais próximo de um fechamento, devido à falta constante de medicamentos e material de uso hospitalar (oxigênio/luvas/material p/curativos, etc.); insatisfação dos Agentes de Saúde e de Endemias pelo não cumprimento do piso salarial, pela falta de condições de segurança no trabalho.
A crise atinge também a Educação, onde faz sentido a preocupação dos pais com relação ao não cumprimento dos 200 dias letivos, a deficiência no fornecimento de merenda, falta de água nas escolas, professores contratados pelo IEL com salários atrasados, ameaçam abandonar as salas de aula, utilização dos ônibus do município por escola particular, de propriedade da Secretaria de Educação.
As denuncias de Improbidade Administrativa, apropriação indébita de recursos do INSS (aqui) e do consignado dos servidores municipais, nepotismo, falsas informações (PSF Mandacaru), entre outras, marcam a Gestão do Governo Igor Nunes.
PASSIVIDADE
Visando amenizar a caos financeiro em que vive a Prefeitura de Tucano, o Prefeito Igor Nunes emitiu alguns Decretos, suspendeu os gastos com festejos, demitiu alguns contratados, reduziu os salários de comissionados em 10%, porém a economia prevista é muito tímida em vista déficit financeiro instalado nesses quase dois anos.
As ações teriam que ser mais contundentes e mais abrangentes, dentre outras medidas, a redução drástica de comissionados; aglutinação de secretarias; suspenção de gratificações, horas extras, ajudas e diárias; redução de carros locados; ajustes nos contratos com as locadoras de carros; cancelamento do contrato com a COOBA – Cooperativa Baiana de Saúde – que leva quase 8 milhões do município sem o retorno desejado; melhor controle nos gastos com combustível, priorizando os serviços essenciais – saúde e limpeza pública.
Para fazer acontecer será necessário determinação e acima de tudo o controle administrativo da Prefeitura, ou seja, o Prefeito teria que conduzir pessoalmente as ações, e mesmo assim teríamos apenas um alívio dos problemas, longe ainda de soluciona-los devido a gravidade que se encontra nosso município, e que ele contribuiu nesses exatos 22 meses pela má gestão administrativa e financeira de Tucano.
FPM RETIDO – R$ 803 MIL
A reportagem do Bode Assado apurou ainda que, como se não bastasse tudo isso, o Município de Tucano teve mais uma vez seus recursos do FPM retidos pelo tesouro Nacional. A primeira parcela do FPM de novembro, que será creditado no dia 11, terá uma dedução de quase R$ 803 mil para pagamento de dívidas vencidas junto ao INSS.