O advogado Jean Roubert, presidente do PTB municipal, recebeu em sua residência a equipe do site Ozildo Alves, para falar principalmente sobre a possibilidade de disputar as eleições municipais em 2016, como candidato a prefeito ou a vereador. Jean testou seu nome no último pleito, há três meses, transferindo votos ao então presidente do PTB nacional, Benito Gama, que se elegeu para a vaga na Câmara Federal, e aqui em Paulo Afonso, obteve pouco mais de 1.700 votos creditados exclusivamente ao advogado, por se tratar de um político desconhecido do eleitor. Acompanhe a entrevista na íntegra:
Ivone Lima – Inicialmente o senhor flertou com algumas lideranças, mas resolveu sair sozinho, a rigor, foi uma das melhores estatísticas quanto à transferência de votos – se comparado aos vereadores – e agora, como o senhor se vai se organizar politicamente?
Jean Roubert- Primeiro agradeço a oportunidade, quero dizer ao povo de Paulo Afonso, que passei um tempo reticente, mas a partir do momento em que decidi adentrar na política, corri atrás da história da cidade e peguei o PTB. Em relação às eleições, enfrentamos muitos problemas, grandes caciques, mas tive êxito. Fiz uma campanha limpa, apresentei propostas à população, já desempenho atividades no seio da coletividade, e tenho o respaldo da minha vida como cidadão, tenho em mente oxigenar a política, com renovação. De forma concreta, se Deus permitir, vou participar do processo político em 2016, agora o cargo depende da conjuntura que estará até lá.
Ivone Lima – O seu desejo, qual é?
Jean Roubert – Bem, muitas vezes o desejo pessoal, meu projeto, o que me preparei, o cidadão que me tornei, tudo somado cabe bem no executivo, porém, para chegar lá preciso de estrutura, estou construindo esta possibilidade a partir de agora. Mas não descarto sair na disputa para o parlamento, eu quero entrar no sistema, quer seja no parlamento ou no executivo.
Ivone Lima – Qual é a maior dificuldade em sair à disputa para o executivo, qual é o jogo?
Jean Roubert – Tenho certeza como já se diz em nível estadual e nacional, é a questão da campanha, hoje se tornou economicamente inviável, absolutamente cara. A estrutura de base não se restringe a ideologia ou projetos. A carência do povo se faz mais visível principalmente no momento da campanha que termina sendo cara no limite. Hoje essa estrutura d campanha pesa na minha decisão, caso ocorra à reforma política, não apenas eu, mais acredito que outros também concorram ao executivo.
Ivone Lima – Quando o senhor fala em projetos, quais têm em mente?
Jean Roubert – Inicialmente, para administrar, uma reforma administrativa, tirar os gargalos que estão comprometendo os gastos públicos, como revisão dos contratos, servidores que estão servindo a outros poderes, depois vem as reformas em secretarias. Outra forma de projeto é a gente dá visibilidade a cidade no que tange a industrialização, mostrar seu potencial turístico e fazer uma gestão social-ambiental com a revitalização dos lagos, com responsabilidade social. Projetos que perpassam pela qualidade de saúde, educação cidadania.
Ivone Lima – O governo que completa o segundo mandato, estaria, em sua opinião, falhando neste sentido?
Jean Roubert – Não digo que falhe. Vemos uma conjuntura sociopolítica muito difícil, o governo federal dificulta muito o desenvolvimento dos municípios, devido o pacto federativo, pois os grandes projetos federais sociais são implementados nos municípios, que acabam dando muita visibilidade ao governo federal, mas os gastos dos municípios tem sido altíssimos, como exemplo podemos citar o Restaurante Popular, onde a contra-partida do município chega a 80%.
