Por Generosa Botelho
É triste começar uma nota com esse título “Jatobá tornou-se uma terra sem lei”, mas é fato, é a nossa atual realidade. Não poderia deixar de registrar aqui a minha indignação e a minha revolta com a violência que está ocorrendo em nosso município. E o pior? A impunidade, a falta de segurança, a ausência do Poder Público. É até uma ironia esta palavra: Poder Público, quando público significa Do ou relativo, ou pertencente ou destinado ao povo, à coletividade; ou também: Relativo ou pertencente ao governo de um país.
Qualquer que seja a sua utilização, o que realmente está significando é que nós estamos abandonados à própria sorte. Se você tiver a sorte de não encontrar um bandido na parada de ônibus, ou numa pizzaria, ou na frente da casa de amigos, ou quando estiver fazendo uma caminhada, então será abordado naturalmente, sem pressa, por este bandido que levará seu carro, ou moto, ou celular, dinheiro ou o que é pior pode tentar levar a sua vida, a sua saúde, seja com um tiro ou um estupro.
Exagero? Melodrama? Cenas de filme? Infelizmente, não. São apenas alguns dos casos de violência ocorridos em nosso município recentemente e com uma freqüência absurda.
Sabemos que a violência existe em todo lugar, cidade, estado, país, fala-se até que é uma conseqüência do crescimento econômico/urbano, ou da miséria, ou das drogas, mas vamos assistir a tudo isso calado? Antes, só víamos esse tipo de coisa nos telejornais, mas agora está acontecendo em nossa rua, com as pessoas que conhecemos. E aí? É normal, vamos ter que nos acostumar e ficar aguardando outros fatos horrendos como esses?
Cadê o Poder Público? Para onde vão os nossos impostos (que são muitos e altos)? Eu pergunto também cadê os políticos que aparecem em nossas casas e gritam nos carros de som durante as campanhas de eleição? Onde estão as lideranças jatobaenses que não aparecem nesses momentos para cobrar das autoridades, para juntar a população em busca de justiça, de segurança e de paz?
Hoje sinto vergonha de ser uma cidadã de Jatobá pelo que se tornou – uma cidade sem lei.
