Na manhã desta terça-feira (24), aconteceu o início dos trabalhos legislativos da Câmara Municipal de Glória. Numa Sessão supostamente Solene, à moda de Paulo Afonso, a oposição teceu um rosário de críticas à administração da prefeita Ena Vilma Negromonte (PP), mas ao final da Sessão, o astral era de quem comprou o bilhete e não gostou do filme. A crítica honesta visando o bem da comunidade, vale dizer, é fundamental à democracia. Porém, é preciso entender o que se passa entre o querer realizar, a competência para fazê-lo e os meios.
Na ausência da prefeita e de Nivaldo Lopes, secretário de governo – em reunião com representantes da CODEVASF aqui em Paulo Afonso, os demais secretários representaram o executivo. Entre eles, Josefa Vicente – Educação-, Maria Ademásia – Saúde -, e Francisco Alves de Araújo – Infraestrutura, este participou até o fim para por os pingos nos is e assim responder aos reclames dos vereadores.
Secretário Francisco Araújo tirou dúvidas sobre execução de obras em Glória
Importante a participação destes, pois é exatamente sobre suas pastas que recaem a maior parte dos problemas elencados pela oposição, e, em alguns casos, ratificados pelo governo. Por exemplo, a questão do fechamento de duas escolas na zona rural, embora não tenha falado, Josefa se irritou com os tons das críticas, e marcou para a próxima terça (03) maiores esclarecimentos sobre os problemas que sua pasta tem enfrentado.
Secretária da Educação Josefa Vicente e o vereador Dorginho Araújo
No caso de Francisco, ele pode tirar dúvidas, principalmente, sobre atrasos nas obras do município. Acompanhe nos destaques abaixo os melhores momentos do dia.
Dorginho Araújo (PV): Perco dentro e perco fora, melhor fora então. Relembrando os tempos de governo, Dorgival Araújo agradeceu a Deus não ter tido requerimentos aprovados. “Eu conheço o nível de vida da população, fiz os requerimentos, mas graças a Deus não fui atendido. É por isso que hoje preferi deixar o governo, ser e não ser da no mesmo pra mim”, disparou.
Vereador Dorginho Araújo fazendo pronunciamento na tribuna da câmara
Alex Almeida (PDT): Haja recesso! “Os demais profissionais de outros seguimentos trabalham um ano para folgar um mês, e aqui trabalhamos oito para folgar três”, reclamou. Segundo Alex, os dias de ausência do trabalho parlamentar atrapalham o bom desenvolvimento da máquina pública.
Marcelo Gomes (PDT): Escureceu na Quixaba. “Será que a secretaria de obras não tem condições de mandar arrumar a iluminação?, lá na Quixaba não se pode mais conversar, se comunica ta tudo no escuro” desabafou.
Vereadores Valério José, Alex Almeida, Marcelo Gomes e Beto do PT
Nido de Dotor (PSD): Ninguém quer fechar escolas. “Nós temos a obrigação e o dever de buscar e verificar o que de fato é viável, principalmente sobre o funcionamento dessas escolas. Caso haja o número de alunos a escola vai continuar, mas existem leis que precisam ser cumpridas”, explicou o 2ª secretário, e também acrescentou que este ano o professor terá seu piso salarial ajustado. “O que adianta o número de sala em excesso e faltar o básico?, perguntou.
Carlinhos do Brejo (PP): Minha cabeça não cai de jeito nenhum! “Tão querendo caçar o meu mandato, me fizeram assinar um documento aí no dia da eleição, forçando eu votar no Zé Nilson, isso é um recado, não devo minha cabeça a ninguém”. Disparou.
Gilmar Pereira (PP): A prefeita está sendo culpada até porque chove, que chova!, porque máquina tem para limpar! “Depois do que todos falaram eu quero agradecer a prefeita, estou bem com todos os vereadores, mas tem coisas aqui que não posso concordar”, disse o líder do governo, e acrescentou. “Dizem que as obras estão inacabadas, mas não falam das escolas que reformamos, dos postos de saúde que entregamos, do que está em dia”, disse.
Vereador Gilmar Pereira (PP) discursando na tribuna da câmara
O secretário de Infraestrutura explicou parte dos problemas. “Emendas vindas pela Caixa Econômica são seguras, no entanto, a Caixa impõe uma série de exigências que travam o processo, muitas vezes a obra já andamento precisa parar” explicou sobre problemas com os contratos, no que tange a administração, Francisco foi sensato. “Há crise, mas se bem reparado, a prefeitura de Glória demitiu pouco, afim apenas de ajustar a folha”.