O estilo mineiro do vereador José Nilson (PSD) serviu bem para acalmar a base de apoio do governo Ena Vilma Negromonte (PP), no fim do ano passado, quando a oposição cresceu e fez chover liminares na expectativa de presidir a Mesa Diretora da Câmara e assim equilibrar a disputa em 2016. Nilson, que até então, não manifestava interesse na segunda presidência foi o nome decisivo para ajustar os descontentamentos.
Quando o assunto é a disputa para compor a majoritária em 2016, Nilson não esconde a vontade de lançar-se a prefeito, porém, um dos campeões de votos no município de Glória é cauteloso, em primeiro lugar, está o consenso do grupo. “Nosso grupo sairá unido, comporemos uma chapa para ter êxito na eleição, estou bem avaliado pelo histórico e trabalho que tenho no município”, pontuou. Acompanhe a entrevista concedida ao site Ozildo Alves, em seu gabinete, nesta terça – feira (23).
Ivone Lima – Todos estão saindo, o senhor já reúne o apoio necessário a seu nome para disputar a prefeitura em 2016?
José Nilson – Nossa prefeita não disputará e reeleição e o meu nome surge pelo peso político que tenho, com boa margem de votos e também o trabalho que venho desempenhando há muitos anos no município, passando por duas presidências na Câmara. No entanto, há outros pré-candidatos inclusive no partido como o Nido de Dotor, além de Gilmar Pereira – líder do governo-, também se fala em Davi – assessor do deputado federal Mário Júnior (PP). Se for com apoio da prefeita e de nossos deputados vamos à luta. Somos jogadores de um time e tenho a expectativa de ser lembrado, devida a nossa trajetória política que já vem do meu pai.
Ivone Lima – Se o apoio estiver mais para um desses nomes citados o senhor sai como vice ou não abre mão de ser candidato a prefeito?
José Nilson – Sairemos unidos. Vamos fazer uma chapa em condições de competir e ter êxito na eleição. Temos quatro bons nomes e não vamos medir esforços para vencer. A questão de ser prefeito é exatamente para atender melhor ainda nosso povo, porque vereador praticamente só pede, o prefeito é quem tem a caneta para resolver.
Ivone Lima- Sua segunda presidência chegou num momento político complicado, como o senhor tem administrado isto?, outro dia o senhor foi chamado a assumir a presidência, nesse sentido como está seu trânsito entre os colegas?
José Nilson – Essa presidência está sendo um pouco diferente, estou mais experiente, em termos de apoio para os trabalhos internos, acho que tanto na situação como oposição tenho trânsito livre. Faço um trabalho sério, transparente e democrático para atender a todos na medida do possível. Neste episódio que você cita, o 2° secretário tem autonomia para controlar o tempo, e havia sido acordado entre nós que não ultrapassássemos o horário, a nossa Sessão geralmente ultrapassa o tempo, as vezes com conversas repetitivas, eu escuto todo mundo, mas tenho pulso forte e quem dá a posição final sou eu.
Ivone Lima – Já seria mesmo o caso de rever o Regimento Interno e dimanizar mais esse tempo?
José Nilson – Com o passar do tempo o regimento de fato fica ultrapassado, mas para o bom funcionamento dos nossos trabalhos, bastaria os colegas cumprirem os acordos. Podemos fazer as mudanças necessárias, em relação ao tempo está tudo certo. Eu sou mais de agir e não gosto de muito blá, blá, blá, pois quem conversa muito… você sabe (risos).
