É difícil resumir em poucas linhas o debate sobre a transição do Hospital Nair Alves de Souza (HNAS) para a UNIVASF (Universidade Federal do Vale do São Francisco) acontecido na Câmara Municipal, na manhã desta segunda – feira (13), com a presença de Augusto César (APA), o secretário de saúde do município, Alexei Vinícius e o coordenador do curso de medicina da UNIVASF de Paulo Afonso, Dr. Ricardo Lacerda.
O primeiro passo para a saída da Chesf será dado no próximo dia 24, às 10h da manhã, no Memorial Chesf, onde os representantes do processo de transição, entre eles, o governador Rui Costa, o prefeito de Paulo Afonso, Anilton Bastos e o reitor da UNIVASF, Julianeli Tolentino de Lima assinarão o termo de compromisso.
A partir deste ato, de forma gradual, a mão que balançará o berço será a do Estado. Não há, olhando para o resto do país, nenhum motivo para estourar um champanhe, principalmente quando se investiga a situação dos hospitais universitários.
Em março de 2013, motivado por denúncias apresentadas em reportagem do “Fantástico”, o Tribunal de Contas da União (TCU) já mostrou como anda a questão dos contratos com falhas e irregularidades em 21 hospitais universitários espalhados pelo país. Cumpre dizer também, que as universidades públicas entram em greve, e quando isto acontece, não atinge somente à educação, os hospitais administrados por elas também padecem, de resto, a saúde pública no Brasil é uma vitrine do mal.
Em dez anos a Chesf abandonará seu filho definitivamente para adoção do Estado. O HNAS como se conhece hoje, morrerá para o surgimento de um hospital universitário. “Cabe à Chesf além de se comprometer com a transferência da propriedade, adequar as instalações para a UTI, melhorias na cozinha, no almoxarifado, na sua fachada, pronto socorro e obstetrícia”, explicou Augusto César.
Com cinco minutos para cada vereador, alguns souberam usar bem o tempo para obterem respostas do APA sobre problemas apresentados no hospital, acompanhe os melhores momentos nas notinhas abaixo:
Marconi Daniel (PV) à espera… Se é verdade que existe uma mala preta nas mãos do vereador Antônio Alexandre (PR), não faltam papeis na companhia do líder do governo, Marconi Daniel. O embate que mais uma vez foi adiado pela ausência de Alexandre. O vereador internou-se na Clínica Santa Mônica, minutos depois do início da Sessão, para cuidar de um mal causado pela ingestão de lactose. Nos corredores da Câmara, interlocutores de Alexandre falaram muito no desgaste que o vereador vive, exatamente pela expectativa do encontro com Daniel, na Tribuna da Casa. Sem dar nomes aos bois, já se sabe que outro vereador governista será chamado por Alexandre para uma contradança.
O vereador Albério (PV) quis saber o que todos se perguntam: “Eu gostaria que o senhor Augusto explicasse porque falta tanta estrutura no HNAS em relação à ortopedia?”, segundo informou o vereador, é exatamente para este tipo de cirurgia que acontece o maior número de remoção. “Nossa referência é o hospital de Trauma de Petrolina”, explicou Alexei, também acrescentou que a decisão do encaminhamento é do médico, que também não tem mesmo o que fazer diante da ausência dos equipamentos necessários à cirurgia. O resultado catastrófico é que existem pacientes que esperam intermináveis dias para conseguir uma remoção e poderem prosseguir com o tratamento.
José Carlos (PRP) e as grávidas do BTN. “Muitas mulheres, principalmente as mais simples daquela comunidade estão perdendo seus bebês, ocasionados pelas idas e voltas ao hospital, e quando a gente vai lá saber o que está acontecendo não nos deixam entrar, como posso fiscalizar se não posso entrar?” perguntou.
Luis Aureliano (PT) continuou apontando irregularidades no número de cesarianas realizadas no HNAS, mas sem apontar quem estaria por trás desse inchaço. Augusto César obviamente sugeriu que se investigasse de forma mais organizada e depois se comprovadas as irregularidades, todas seriam investigadas. Se ao invés de apenas dizer o milagre, o vereador apontasse o nome do santo, as denúncias – que diga-se, são graves, poderia ajudar muito a população.
Para Coriolano (PCdoB) é hora de saber se haverá redução no quadro de empregados do HNAS. “São dois anos para a transição, e minha preocupação é esta: haverá demissões dos servidores da Chesf que trabalham no hospital?”, lembrou o vereador, como se pode imaginar estes processos são ideais para enxugar folhas. “Esta semana nós nos reunimos com funcionários do hospital e deixamos claro que não haverá demissões” tranqüilizou o APA.
Para desagrado geral, Dr. Ricardo Lacerda lembrou que a UTI por si só não resolve muita coisa. “A UTI dá suporte para cirurgias de alta complexidade, mas para tanto precisa de médicos especializados, eu já percebi que em Paulo Afonso há uma preocupação muito grande com a instalação da UTI, é necessário um pacote bem maior”, disse o coordenador da UNIFAS, e acrescentou. “Para a o curso basta que esteja aqui em 2018, mas eu espero que venha logo”.
A Chesf é culpada por tudo. Na saída da palestra, Augusto César falou ao site Ozildo Alves, sobre a enxurrada de críticas que a Chesf recebe, lembrando que ela é apenas uma das responsáveis pelo processo, estão no conjunto o governo federal, estadual e municipal.
Ivone Lima – O senhor sente que a carga de críticas fica mais para a Chesf?
Augusto César – Isso é desproporcional a quem mais contribui. Porque a Chesf fez a doação do terreno para instalação (92.000 /m2), a Chesf está gastando mais de R$ 500 mil reais para adequar o Centro de formaç&atild�������� “�� ��
É difícil resumir em poucas linhas o debate sobre a transição do Hospital Nair Alves de Souza (HNAS) para a UNIVASF (Universidade Federal do Vale do São Francisco) acontecido na Câmara Municipal, na manhã desta segunda – feira (13), com a presença de Augusto César (APA), o secretário de saúde do município, Alexei Vinícius e o coordenador do curso de medicina da UNIVAS