27 de julho de 2025

‘Sobre o tiroteio na área da Vila Militar – crescendo com a crise’

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Os sites publicaram matéria sobre um tiroteio na área da Vila Militar de Paulo Afonso. Um dos comentários de leitores argumenta sobre a propriedade de a área ser chamada de militar. Em outro comentário, o autor pede mais vigilância por parte dos soldados da Companhia do Exército. Uma senhora moradora das proximidades se declara amedrontada.

O que nos vem à cabeça é questionar a serventia e a potencialidade da área para os interesses do Exército como um todo ou para a Companhia como parte dele. Serviria para área de treinamento de formação, treinamento de acampamento, treinamento de tiro? Observando-se que a cidade cresceu e se expandiu, serviria a área, ainda assim, para isto? Estaria o Exército como instituição apenas especulando com a área em termos imobiliários? Como é próprio para o cidadão especular, seria também próprio para o Exército?

A resposta bem poderia ser positiva se for levado em conta que o Exército Brasileiro é uma instituição específica do Estado Brasileiro. Os seus dirigentes, ou comandantes, teriam o direito – mesmo a obrigação – de defender o seu patrimônio. Se considerarmos, porém, que o Estado tem como prioridade maior o cidadão, o seu bem-estar e a sua proteção, poderíamos concluir que, à área em questão, deveria ser reservada uma utilidade prática para o povo de Paulo Afonso.

Evidente que não estamos pregando o confisco pura e simplesmente. Embora criado para a defesa nacional e da ordem interna, há que ser mantido o patrimônio do Exército de Caxias. Diríamos, então, que podemos propor uma troca como, por exemplo, uma área de tamanho dobrado, ou talvez triplicado, mais afastada da zona urbana. Para que, então, o Brasil continental? Terras não faltam para uma barganha que só beneficiaria o grande povo. Mais uma vez, falta governo nacional ou, na própria linguagem dos militares, falta comando; comando para negociar, compor e decidir.

Este, leitor, é um assunto da maior importância como importante é a concentração do esforço e dos recursos municipais (com apoio federal) para a implantação de um sistema de ciclovias na cidade. A aquisição do terreno da Vila Militar paralelo à Avenida André Falcão para uso público e a instalação de um sistema de ciclovias são tão fundamentais para a cidade e para a região como são a instalação de uma UTI e a construção de uma ou duas pontes adicionais sobre o canal.

Mergulhamos indiscutivelmente em uma nova crise econômica. As crises, podemos afirmar com certo cinismo, nos são dadas para crescermos. O sábio procura crescer nos períodos de crise, aproveitado as oportunidades e buscando soluções. A municipalidade provavelmente está arrecadando menos. O montante de recursos que entram deve ter diminuído. Resta a busca da criatividade para o bem de todos nós.



Francisco Nery Júnior

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