Ainda que houvesse por parte da administração municipal um projeto amplo para o tráfego caótico de Paulo Afonso, e, os radares eletrônicos de fiscalização fossem parte, a esta altura dos acontecimentos só restaria à prefeitura parar, rever e achar uma saída inteligente para tornar o trânsito mais seguro, ou pelo menos coerente com as leis. Isto implica num trabalho sério e um estudo permanente, e vai além de instalar aparelhos “suspeitos”, mas de chamar a sociedade para discutir o assunto, espalhar guardas de trânsito para ajudar na fluidez e, principalmente, o sistema de Zona Azul para a cidade que tem uma frota de pouco mais de 70 mil carros.
Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal desta segunda-feira (18), o técnico do IBAMETRO, Nilton Luiz de Oliveira prestou esclarecimentos sobre a existência de dois laudos, emitidos no mês de outubro, pelo órgão fiscalizador, entre os dias 22 e 23, reprovando e aprovando respectivamente os aparelhos. Como só há uma verdade possível, hoje não restou qualquer dúvida sobre a matéria.
“Qualquer cidadão pode fazer um requerimento e ter informações sobre o assunto, aferi uma, duas, três, quatro vezes e depois de cinco aferidas uma estava correta, e quatro reprovadas, sendo que eu poderia parar na primeira. A empresa foi notificada e no dia seguinte fez a correção. Portanto, não existem dois laudos, mas um, reprovando”, explicou Nilton.
Emanuel Portela (Coordenador de Fiscalização do Ibametro) e Nilton Luiz (Técnico do Ibametro)
Segundo afirmou o técnico, o segundo laudo foi exatamente para ter certeza que o aparelho estava correto, por isso precisou ser aferido de imediato. Nilton ainda acrescentou que a empresa GCT foi multada em 2.300 reais, recorreu e perdeu.
A vinda do técnico e do coordenador de fiscalização, Emanuel Portela foi um requerimento do vereador Antônio Alexandre (PR) que conseguiu em seis perguntas esclarecer sobre o tema, embora a Sessão tenha sido mal aproveitada de novo, dessa vez numa tentativa constrangedora de defender o indefensável, o líder do governo, Marconi Daniel (PV) foi extremamente deselegante, quando apontou que Nilton Luiz tinha um cargo indicado, e mesmo depois do técnico ser explícito sobre a irregularidade, ainda se disse em dúvida sobre o assunto.
Vereadora ‘Irmã Leda’ e Marconi Daniel (Líder do prefeito Anilton Bastos)
“Se estava irregular qual foi a medida administrativa tomada pelo IBAMETRO?” perguntou, ouviu uma resposta em tom impaciente: “Acabei de falar vereador, a empresa foi multada.”
Antes de Marconi falar, Luiz Aureliano (PT) e a vereadora Irmã Leda (PDT) também da bancada governista, questionaram Nilton sobre a segurança do lacre, mas não puseram em dúvida as afirmações do técnico. “Eu só queria entender se existe mesmo segurança depois da aferição?, se alguém mexer no aparelho tem como ser notado por vocês?”, perguntou Leda. Segundo respondeu Nilton, é absolutamente seguro. O lacre do IBAMETRO tem uma numeração, caso seja alterado tem como ser notado.
“Cabe ao município simplesmente cancelar todas as multas, até o dia 22, e as pessoas esquecem que além das multas tem a questão da pontuação, depois dos esclarecimentos do técnico não há mais o que fazer” disse o vereador Bero (PSL) atentando para o problema de quem já ultrapassou a contagem possível e corre o risco de perder a habilitação.
Vereador ‘Bero do Jardim Aeroporto’
É importante dizer que o trânsito no Brasil, e não se trata apenas das BRs, especialmente nessas cidades médias é extremamente violento, mas fica evidente que não existe a preocupação em educar o cidadão, mas de puni-lo, exatamente no bolso. Ou como sugeriu Antonio Alexandre, no programa “Radar 98,9” da Delmiro FM “Com o município quebrado, o trânsito passou a ser uma nova fonte de renda”, lembrando que já são 18 mil multas.
Vereador Antônio Alexandre questionando o técnico do Ibametro
“Eu só quero saber se essa Casa vai fazer uma defesa da população em relação a essas multas?, porque está claro que estão irregulares, cobrá-las dos cidadãos de Paulo Afonso se caracteriza em passar os cinco dedos no bolso do povo”, finalizou a querela.
Se a Câmara tem como prerrogativa fundamental fiscalizar o município e defender os interesses do cidadão, só resta procurar uma solução que atinja a coletividade. Pelo tom insosso do presidente Petrônio Nogueira (PDT) e do 1º secretário Regivaldo Coriolano (PCdoB) não dá para ser muito esperançoso. Após a Sessão, Coriolano se reuniu com o coordenador do IBAMETRO para saber quanto custará ao município a mudança de radar por lombada eletrônica, para que o condutor não fique à mercê de um aparelho tão irregular. “Não é bom para ninguém, quando não se presta um bom serviço todos perdem, esses equipamentos mudam até com a temperatura” explicou Regivaldo.
Presidente da Câmara cumpre rigor do Regimento e deixa população sem a resposta esperada
Durante toda a Sessão desta segunda-feira (18), o coordenador de verificação e fiscalização do IBAMETRO, Emanuel Portela ficou desconfortável na cadeira azul querendo dar mais detalhes técnicos sobre as questões levantadas pelos vereadores, mas ficou impedido pela interpretação rigorosa do presidente Petrônio Nogueira (PDT), segundo a qual o Regimento Interno não autorizava sua fala. O requerimento do vereador Antônio Alexandre (PR) pedia os esclarecimentos do técnico Nilton Luiz de Oliveira, porém, o coordenador resolveu acompanhá-lo para sanar qualquer dúvida.
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Coordenador (esquerda) foi proibido pelo presidente Petrônio Nogueira de dar esclarecimentos
O vereador Edson Oliveira (PP) estava debilitado, não conseguiu permanecer na Sessão e foi in&u�;&atild±*�� ��
Ainda que houvesse por parte da administração municipal um projeto amplo para o tráfego caótico de Paulo Afonso, e, os radares eletrônicos de fiscalização fossem parte, a esta altura dos acontecimentos só restaria à prefeitura parar, rever e achar uma saída inteligente para tornar o trânsito mais seguro, ou pelo menos coerente com as leis. Isto implica num trabalho sério e um estudo permanente, e vai além de instalar aparelhos “suspeitos”, mas de chamar a sociedade para discutir o assunto, espalhar guardas de trânsito para ajudar na fluidez e, principalmente, o sistema de Zona Azul para a cidade que tem uma frota de pouco mais de 70 mil carros.
Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal desta segunda-feira (18), o técnico do IBAMETRO, Nilton Luiz de Oliveira prestou esclarecimentos sobre a existência de dois laudos, emitidos no mês de outubro, pelo órgão fiscalizador, entre os dias 22 e 23, reprovando e aprovando respectivamente os aparelhos. Como só há uma verdade possível, hoje não restou qualquer dúvida sobre a matéria.
“Qualquer cidadão pode fazer um requerimento e ter informações sobre o assunto, aferi uma, duas, três, quatro vezes e depois de cinco aferidas uma estava correta, e quatro reprovadas, sendo que eu poderia parar na primeira. A empresa foi notificada e no dia seguinte fez a correção. Portanto, não existem dois laudos, mas um, reprovando”, explicou Nilton.
Emanuel Portela (Coordenador de Fiscalização do Ibametro) e Nilton Luiz (Técnico do Ibametro)
Segundo afirmou o técnico, o segundo laudo foi exatamente para ter certeza que o aparelho estava correto, por isso precisou ser aferido de imediato. Nilton ainda acrescentou que a empresa GCT foi multada em 2.300 reais, recorreu e perdeu.
A vinda do técnico e do coordenador de fiscalização, Emanuel Portela foi um requerimento do vereador Antônio Alexandre (PR) que conseguiu em seis perguntas esclarecer sobre o tema, embora a Sessão tenha sido mal aproveitada de novo, dessa vez numa tentativa constrangedora de defender o indefensável, o
