O tempo na política passa diferente, por isso a eleição de 2016 anda na cabeça e nas bocas em todos os cantos da cidade. Muito embora, a oposição tradicional, por assim dizer, até o momento não consiga o consenso de um nome, o arranjo político que se desenhou em 2014, traz a possibilidade das eleições municipais apresentarem de forma clara e definitiva a rachadura do grupo que hoje esta no poder. Se por um lado, o ex-deputado federal Luiz de Deus diz que não vai, do outro, Paulo de Deus é candidatíssimo.
Como Paulo de Deus e Anilton Bastos Pereira – embora com o mesmo DNA político, não bebem no mesmo copo, forma-se a nova oposição que já conta com os possíveis nomes a serem trabalhados pela máquina pública. Sobressaem gostosamente de suas bocas a possibilidade de Anilton ir com Dr. Flávio Henrique, procurador do município, ou quem sabe, num cenário de sonho, Petrônio Nogueira, presidente da Câmara Municipal. “A máquina é poderosa, garante uma boa margem de votos a qualquer nome, mas estes aí só Deus elege” disse um interlocutor ligado a Paulo de Deus.
De todo modo, a especulação dos nomes mais diversos a esta altura não está forte, porque todos sabem que não se pode acreditar piamente no que diz um político no momento de derrota. Com o passar do tempo, Dr. Luiz pode querer partir para mais uma, e aí nem ele sabe contra quem vai disputar os votos. É impressionante como a oposição facilita uma eleição em Paulo Afonso. Não conseguiu montar um projeto alternativo para que a população avaliasse e hoje gravita na incerteza, enquanto o grupo que está no poder tem vários caciques, por isso mesmo o racha, na oposição os índios andam à toa.
Há, de forma bem tímida, a possibilidade de uma campanha alternativa, leia-se sem dinheiro, e isto também para vereador, com vários nomes entre médicos, advogados, comunicadores e líderes comunitários, entre estes, Jean Roubert já testou o nome para o crivo dos eleitores e se deu razoavelmente bem, embora nas municipais para que este tipo de campanha ganhe corpo é preciso contar com o cenário mais difícil: o voto consciente.
