“Proposição de ações para superar as desigualdades educacionais com ênfase para a promoção da igualdade racial” substituiu “igualdade de gênero” no projeto de nº 12/2015 que trata do Plano Municipal de Educação. Lido pelo 1º secretário, Regivaldo Coriolano (PCdoB), sob um forte aplauso dos protestantes das igrejas que participaram da Sessão Ordinária desta segunda-feira (15).
Na ponta do parágrafo deste inciso vem à expressão “homofobia” e “opção sexual” daí a se entender, que tudo concorria para que as escolas tratem de um assunto que requer o entendimento da família. A CNBB já havia se posicionado em São Paulo, e assim os Bispos Brasil afora seguiram com a mesma orientação. O Bispo de Paulo, Dom Guido Zendron escreveu aos vereadores, a Sessão contou com a presença de lideranças das igrejas católica e evangélica, alguns trouxeram cartazes, e no fim, até pela confusão do texto, fez-se o correto suprimindo o inciso.
“Estamos de parabéns porque aprovamos o Plano permitindo a participação da sociedade”, destacou o vereador Luiz Aureliano (PT). Cumpre dizer que o documento estava para ser aprovado na última semana, sem que os vereadores tivessem lido. A oposição protestou e contou com o apoio também dos vereadores da base. Durante a semana, Edson Oliveira (PP) e Antônio Alexandre (PR) foram procurados por lideranças religiosas explicando o que estava em curso.
Na mesma pauta foi aprovado o projeto de número 13/2015 que fixa aumento de 13,01% para os professores seguindo o piso nacional, para os aplausos de Esmeralda Patriota, presidente da APLB, presente à Sessão.
E o estado laico? Alguém há de perguntar.
O estado laico oferece uma escola à população que praticamente aboliu o ensino da tabuada, e como é sabido, as crianças saem do ensino fundamental e entram no ensino médio sem saber interpretar um texto simples, com as raras exceções de sempre. Daí a preocupação, que no conjunto da ópera, assuntos como opção sexual, por exemplo, sejam tratados para os pequenos, sem os cuidados que teriam um pai ou mãe. De resto, a posição das igrejas não restringe que se respeito o diferente, quer, sobretudo, a participação efetiva da família na construção da identidade de cada um.