Governistas unem-se à oposição para cobrar do prefeito: ciclovia ‘sim’ ou ‘não’; Daniel quer ouvir secretária

Antes de iniciarmos um passeio nas bravatas e nas coisas sérias ditas na sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (13), é preciso, de saída, reconhecer uma visível melhora no comportamento do Poder Legislativo.

Em primeiro lugar, o líder do governo, Jean Roubert (PTB) respeita à oposição, não grita e nem, até o momento, anda puxando o saco do prefeito, e, em segundo, o conjunto dos vereadores aprenderam com o resultado das eleições do ano passado, que o melhor é tomar o partido do povo.

Então, como a ciclovia está na praça – não coloquemos na mesma frase UTI e UPA pelo amor de Deus- é preciso ouvir e saber o que pensa o prefeito Luiz de Deus (PSD), que é o único que pode dar cabo a querela da paternidade. Hoje, mais uma vez, Antônio Alexandre (PMDB), precisou lembrar aos esquecidos que o projeto já existia, mas foi Mário Galinho (SD) que o pôs na roda.

O líder do governo convocou sua bancada para uma reunião com Luiz de Deus amanhã, então, a oposição sugeriu que tragam a resposta que todos querem: ″Todo mundo sabe que só quem pode colocar a ciclovia em Paulo Afonso é o prefeito, e dinheiro tem, basta saber se vai querer fazer ou não″, observou Antônio Alexandre.

Estava tudo bem para todos, mas o Marconi Daniel (PHS), disse que é preciso ouvir a secretária de planejamento, Patrícia Alcântara. Alexandre rebateu: ″O governo separou R$ 2 milhões no orçamento de 2017 para a implantação da ciclovia, e nós sabemos que custará R$ 8, então a secretária vem chover no molhado″.

Segundo o líder da minoria, o que o povo quer saber é a posição do prefeito, e não números do governo que não dizem nada, servindo apenas para atrasar a questão. ″Se só tem R$ 2 milhões sabemos que só será possível com a ajuda do governo do Estado″, completou Alexandre.

Daniel replicou: ″Ano passado reclamavam que os secretários não viam, e neste reclamam porque vem″.