O trimestre é deles: Leda Chaves, Jean Roubert e Mário Galinho

Ainda é cedo? Não. Nestes três primeiros meses, são muitos os problemas que atormentam a vida do cidadão com reflexos direto no desempenho dos vereadores, gostem ou não, os políticos que aguentam toda a carga.

Cada pessoa tem um modo de resolver as coisas, todos passam seus maus bocados etc., mas pegando este primeiro trimestre é forçoso reconhecer que alguns tiveram atitudes que a gente pode considerar de pulso (depois avaliar se corretas, mas pelo menos tentam mudar).

Comecemos por Leda Chaves (PDT), governista, não vou dizer que se trata da ‘mulher sem pecado’ de Nelson Rodrigues, mas a mudança em relação ao seu primeiro mandato é radical. Em primeiro lugar, quem manda hoje no PDT municipal é ela. Durante a campanha estava ameaçada de ficar até sem partido e não poder se quer disputar a eleição.

Participa das discussões e faz intervenções, quando começou não falava nada, chamei-a de ‘a muda’, a gora fala, pede e exige. Foi a já famosa pousada, em Salvador, com o secretário Ivaldo Sales ver a situação dos pacientes, ou seja, Leda não está se eximindo ou constrangida porque é vereadora do governista. Na última semana articulou a vinda de Luiz Neto (advogado que tratou da tarifa da Embasa) à Câmara, numa das sessões mais concorridas até agora, e até seus colegas reconhecem isso. Por isso está aqui.

Ainda no governo, o acerto inquestionável do prefeito Luiz de Deus (PSD) de tê-lo posto na liderança, Jean Roubert (PTB), não vai agradar a todos, porque isso não existe, mas de antemão, além de ter ressuscitado seu partido, de tanta história em Paulo Afonso, chegou lá como o segundo mais votado, e sem que ninguém lhe venha questionar a eleição. Aqui eu não discuto palpite, mas o fato, por exemplo, o Ministério Público Eleitoral não disse nada sobre o desempenho de Roubert, já se for verificar outros… sigamos.

Uma vez no Legislativo, mostra como se faz a interlocução do prefeito. Defende o que é defensável, mas não constrange o colega que chega com a contradita, não humilha ou desce à baixaria, pelo contrário, valoriza. E já disse: ″Aqui nós temos que valorizar o Parlamento quanto poder″, não raro vejo vereadores da oposição atrás dele. Sabe o que é isso, se exagero, perdoe-me, porque também tenho falhas: carisma.

Terminado com a trinca, e agora na galeria da oposição, o vereador Mário Galinho (SD), sim, sim, por favor leitor, se você nunca foi jovem, dispense-me. Se o vereador já cometeu alguma falha nesses dias, creiam, é porque quer fazer as coisas, mas à frente dele, tem o sistema e o comodismo. Mário vai à luta.

Comecemos pela forma como se desfez pela primeira vez na história de um aumento em seu subsídio. Quem fez isso? Não me ocorre agora. Como luta pela ciclovia, aguentando todas as atitudes rasteiras – ah, se a gente pudesse contar tudo – que encara os problemas, sem medo das críticas. Mário está aí pedindo que o povo chegue junto, ah e não eleição não, é começo de mandato. Em que pese os excessos, eu o admiro. O vejo cercado de jovens, e que bom que temos jovens que estão no processo, que tentam fazer alguma coisa.