APOSCHESF – o time de Leônidas
O banco não estava aberto (Alguém pode explicar por que um banco só abre para os clientes às onze horas da manhã?). O país ficar parado até as onze? A economia sofrer? O tempo não ser remido? Nós nos acostumarmos a ser um país que não cresce? Se não cresce, como elevar o padrão de vida dos seus cidadãos?

O banco fechado, o meu livrinho de Alexandre Dumas providencialmente a tiracolo, boa literatura francesa, desci mais para baixo em direção à sala dos aposentados da Chesf.
Ainda estou na ativa, mas estarei lá um dia para me juntar aos pioneiros que graças a Deus, e ao belo trabalho que fizeram, têm o reconhecimento da comunidade. Para minha – grata – surpresa, a Aposchesf, associação dos aposentados da Chesf, estava reunida. Uau, que prazer, belo prazer! Lá estavam, nada mais, nada menos, que Ricardo de Holanda, Severino Silva, Antônio Galdino, José Fernando, Semir, Antão, todos iluminando e iluminados, no meio da doce cambada de homens e mulheres a quem tanto devemos.
Vimos trabalho realizado. Vimos planos factíveis de quem tem o pé no chão no momento em que os brasileiros não toleram mais serem enganados. Achincalhados seria o termo mais propício. Vimos o bravo Leônidas, filho de uma mãe com quase cem anos, empossar seus conselheiros: Antônio Galdino, Bastos, Francisca e José Fernandes. A velhinha dos tempos de antão deve ter boa parte de responsabilidade na formação do nosso agente da Fachesf. Eles vão precisar do apoio da municipalidade para a implantação dos planos de expansão, para a comodidade dos associados.
O professor Silva garantiu a simpatia do doutor Luiz de Deus, prefeito municipal. Na oportunidade, sabendo-se em terra fértil, lançou a semente de um programa educacional contra engodos como a Baleia Azul, instrumentos de desvio da sã conduta dos nossos jovens, tendo, a Baleia Azul, levado alguns ao suicídio. Não pude deixar de lembrar ao colega Silva que seria de excelente proveito convidar os pais a devolver aos professores a autoridade para conduzir os processos pedagógicos nas escolas. Enquanto assim não procederem, a coisa vai de mal a pior.
Passei pela porta da Aposchesf, entrei, e ganhei o dia. Vi o bom senso, o respeito e a responsabilidade funcionando. Vi um Brasil diferente daquele que entra em nossas casas todos os dias, todas as horas e minutos, via noticiários chocantes, mas reais.
Francisco Nery Júnior