18 de setembro de 2025

Apesar das chuvas, Paulo Afonso perdeu aproximadamente 70% da safra agrícola de 2017

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REDAÇÃO - PA4.COM.BR

Por Jandirson Campos Torres – Secretário de Agricultura e Aquicultura da Prefeitura de Paulo Afonso

 

Frustração da Safra 2017

 

O Município de Paulo Afonso, através da Secretaria de Agricultura e Aquicultura, registra por meio de visitas in loco, efetivadas pelos técnicos e agrônomos a diversas propriedades em vários povoados do Município, uma perda da safra agrícola de aproximadamente 70% da produção, devido ao período de estiagem ocorrido especificamente no mês de julho, quando a maior parte da lavoura de milho se encontrava principalmente na fase de crescimento e formação da boneca. A escassez de chuva também prejudicou a lavoura do feijão, levando uma perda de aproximadamente 60%, deixando o agricultor lamentavelmente frustrado com o trabalho do plantio.

 

O ano de 2017 ainda está sendo agraciado por bastante chuva, fato ocorrido no decorrer do final de agosto e na primeira quinzena de setembro; porém, a irregularidade de ocorrência de chuvas no momento em que a lavoura se torna mais exigente não permitiu a confirmação de uma safra regular, levando os agricultores mais uma vez nos últimos sete anos, a prejuízos econômicos, tornando suas condições mais fragilizadas no meio rural.

 

A maioria dos agricultores tomou a iniciativa de transformar a palha do milho junto com a espiga em forragem para o gado, considerando que a má formação da espiga de poucos que atingiram esse nível devido ao fenômeno de estiagem, não apresentaria rendimento satisfatório. Portanto, a alternativa gera um beneficiamento para a alimentação do rebanho, mitigando os prejuízos com a perda da safra.

 

Apontado em um estudo preliminar no mês de julho, o fenômeno da baixa produtividade da safra teve dois fatores distintos: o primeiro foi a crença dos agricultores que o ano de 2017 não teria um bom percentual de chuvas. Tal situação agravou-se no primeiro trimestre do ano, que ratificou a escassez da chuva por ter os meses de janeiro a março praticamente sem chover, e com isso houve uma redução da área do plantio de milho e feijão na Região, com o surgimento das primeiras chuvas.

 

Os poucos agricultores da Região que arriscaram o plantio, decorrente das precipitações de chuvas ocorridas em maio, para o preparo do solo e a plantação do milho e do feijão, conseguiram obter uma produção satisfatória, porém as chuvas não foram distribuídas a todos os povoados.

 

O segundo fator apontado no estudo preliminar foi a falta de sementes selecionadas, sendo justificada pelos agricultores que os poucos recursos financeiros que dispunham para a compra das sementes obrigaram a adquirir sementes sem procedência no mercado e de baixo custo financeiro.

 

Portanto, constata-se que as ocorrências de chuvas, mesmos intermitentes, tiveram um papel fundamental na formação da pastagem, o que garante aos agricultores (pecuaristas) alimento para os animais durante o verão, lembrando que durante um período de seis anos de seca, entre 2011 e 2016, pecuaristas do município tiveram prejuízos com mais de 80% de perda dos animais, sendo a falta de pastagem a maior causa dos danos.

 

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COMENTÁRIOS

Comentários 4

  1. Marcos says:

    70% e 60% hum interessante!esse ano foi bom inverno, vcs tem certeza mesmo desse percentual? Não vejo esses técnicos todos nesse secretária vejo mais e arrumadinhos. Era bom um levantamento mais especifico mesmo. E outro ponto de vista essa secretária e muito importante pra o homem da zona rural. E acredito que esses técnicos que ele falar nunca foram técnicos contamos a dedo os técnicos, agora funcionários sem fazerem nada tem muito.

  2. BETO says:

    É burrice fazer levantamento de perdas… Vai ajudar em que? O papel sério de uma secretaria, seria trabalhar esses infelizmente “pequenos” produtores (moramos num oásis, a agricultura e pecuária poderia e pode! Se tornar uma das principais atividades econômicas da região). Pra isso um trabalho sério de análise de solo, estudos climatológicos, reuniões com produtores rurais ( desmistificar crenças) trabalhar o antes, acompanhar….
    Pegunte ao prefeito (fazendeiro) se ele tem: Agrônomo, veterinário, mapeamento de área, estudo do solo, se ele faz roça baseado em crenças?

  3. Assíduo says:

    VERGONHOSO!!!! E AS ÁGUAS DO SÃO FRANCISCO QUE DESAGUAM NO MAR???

  4. P.A. as do.Nordeste..kkkk says:

    Quandp foi que tecnicos e agronomos estiveram em algim lugar? a nao ser ficarem o dia todo sentado. vergonha essa secretaria e mais. esses tecnicos que.nao passam por nenhuma selecao e sim arrumadinho

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