É sempre proveitoso quando adversários políticos suprapartidariàmente unem-se, mesmo sem estarem juntos, visando o bem da comunidade. A próxima visita do governador Wagner a Paulo Afonso para a entrega de duzentas casas populares no populoso bairro Tancredo Neves, no final de março, deverá ser o termômetro para aferição das coligações políticas para 2012, haja vista a mistura no palanque de desafetos históricos da Política local e regional.
O prefeito Anilton Bastos, ex Dem, ressuscitado politicamente pelo governador da Bahia, através do deputado Paulo Rangel, PT, como anfitrião, deverá estar com toda sua “troupe” caudatária e com seu líder e porta voz na Câmara de vereadores, Antônio Alexandre, arrogante crítico contumaz do citado governador que, dentre outros adjetivos pejorativos, costuma chamá-lo publicamente, na tribuna, de governador-mentiroso, e do seu “líder maior”, sem mandato, Luís de Deus, que permanece em cima do muro, indeciso entre as benevolências de Wagner, do PT, e o “barco furado” dos Democratas, de seu amigo-irmão, José Carlos Aleluia, ora também sem mandato, assim como “chocalho sem badalo, que balança mas não toca”, parafraseando o analista da Poty, Julinho de Marlene.
Na comitiva da governança, além de petistas renomados, deverão estar lado a lado, “engolindo sapos”, lideranças do PSB, do PCdoB, do PT rachado e do PP, com seus adversários do Dem, travestidos de PDT para permanecerem com a “galinha dos ovos de ouro”, a Prefeitura de Paulo Afonso, última âncora de salvação política e econômica do ex PFL, que tem apenas, ACM Neto, como uma luz no final do túnel para clarear sua volta ao Poder Público na capital soteropolitana.
O apoio do governador, que já proferiu sua determinação de estar no palanque daqueles que “ralaram” com ele, é imprescindível para alavancar a campanha para prefeito da oposição ao suposto desgoverno fantoche de Anilton Bastos, que atropela a Lei no complexo dos concursados para continuar no poder, e diz amém a Wagner, apesar de saber que, “ como inimigos disfarçados, cachorro e lobo não se darão bem por muito tempo!”
Por Epidauro Pamplona