Nesta manhã chuvosa de sexta-feira (25), a equipe de reportagem do site ozildoalves foi chamada por feirantes que comercializam lanches na área externa do novo Mercado Público de Paulo Afonso, que desde a inauguração, segundo eles, não conta ainda com um espaço adequado para a venda, o que tem prejudicado o lucro.
"Nós estamos trabalhando debaixo de chuva e sol, porque o toldo ainda não chegou e nós temos que pagar uma taxa de 45,60 até o dia 30", reclamou Seu Xavier, que disse a reportagem que houve uma promessa de que no local seriam colocados toldos, no entanto… "as barracas que colocaram aqui é de artesanato, onde temos que colocar lonas, pra dar assistência, o que fica uma vergonha na praça de alimentação, uma vez que ele quer tudo padronizado", falou o comerciante.
A vendedora Dona Roseli, confirma que o rendimento nas vendas realmente caiu. "O que nós vendíamos antes, agora nós não vendemos mais. Eles fizeram um jeito tão diferente nessa feira que eu não entendo, dividiram a feira em três partes. Tem a primeira que é lá em cima, tem a segunda, e tem o que sobrou pra gente, que é isso aqui. É chuva, é sol… Nós não temos onde guardar nossas coisas, nossas mercadorias… Eles chamam de feira nova, de novo mundo e eu não vejo isso não, isso só deve estar na cabeça deles".
O espaço que comportaria 26 barracas, hoje só funciona 13, por enquanto, pois a tendência é que com as condições atuais os feirantes desistam de comercializar seus lanches naquela área, como já aconteceu. "Desistiu o rapaz que vendia pastel, ele falou que aqui não tem futuro e montou uma lanchonete. A minha tia também já tirou o nome dela hoje, e na semana que vem possivelmente minha sogra também tire, porque ninguém está aguentando, não estamos tendo lucro", contou Dona Reseli.
Um dos comerciantes, que é feirante em Paulo Afonso há 8 anos, diz que o local é ótimo para o trabalho, mas as condições não estão das melhores, tanto para eles, quanto para os clientes. Total desconforto. A esposa do feirante desabafa e faz um apelo: "Aqui nós estamos ao Deus dará. Se faz sol forte atrapalha, porque estraga nossa mercadoria, se chove é do mesmo jeito. O que eu diria ao nosso prefeito, que eu sempre votei nele, é que fizesse algo por nós".