Em entrevista a Dimas Roque do portal Notícias do Sertão, o ex-prefeito José Ivaldo (PT), atual Superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia, ao contrário do que pensa seu aliado, o deputado estadual Paulo Rangel (PT), criticou a formação ideológica e política do atual prefeito Anilton Bastos (PDT) e afirmou que defende a unidade das oposições entre os partidos PT, PCdoB, PSB e PPe apesar de reconhecer que o nome do prefeiturável Gilson Fernandes é bom, admitiu que o nome de Sônia Caires é o mais forte. “Pessoalmente, não tenho nada contra Anilton, mas sua formação ideológica e política nos distancia. É evidente que os partidos de esquerda têm mais compromisso com a justiça social, têm compromisso com os trabalhadores e com os mais pobres. Defendo uma aliança entre PT, PCdoB e PSB, com apoio do PP e de outros partidos. Gilson é um bom nome, que nós já apoiamos em 96. Mas, se não for do PT, o nome mais forte é o de Sônia Caires. Ela é uma mulher séria, que já mostrou capacidade administrativa e que amadureceu politicamente”.
Questionado se Sônia, caso ganhasse as eleições, seria controlada pelo esposo, o ex-prefeito Raimundo Caires, Zé Ivaldo disse que a pré-candidata é uma mulher de personalidade forte e que não se prestaria ao papel de marionete. “Sônia é uma mulher de personalidade forte e que tem palavra. Ela nunca deixou de honrar seus compromissos. Ela não permitiria tal coisa. Óbvio que ela iria ouvi-lo, como teria que ouvir outras lideranças e os diversos partidos. Mas, pelo que sei, ela jamais se prestaria ao papel de marionete”.
Zé Ivaldo, que também foi secretário de Turismo na Gestão de Raimundo Caires finalizou a entrevista fazendo duras críticas ao ex-gestor, mas ao final, disse que ele ainda é uma grande liderança local. “Raimundo cometeu muitos erros, políticos e administrativos, porque não soube diferenciar a esquerda da direita. Não ouviu nossos conselhos. Deu apoio a quem lhe traiu e enfraqueceu quem foi fiel, como nós, que quase fomos expulsos do partido por lhe defender. Foi intransigente, quando recusou a indicação do vice do PT, e, por isso, perdeu a eleição. Depois, foi injusto com Wagner, que lhe apoiou, mesmo o PT tendo candidato próprio. O maior prejuízo, porém, foi para a esquerda pauloafonsina, que ficou muito enfraquecida. Mas, Raimundo ainda é uma grande liderança local. Só espero que tenha amadurecido neste período”.
