29 de julho de 2025

A Caça ao Voto – Ser eleito: para quê? Por Francisco Nery

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Leio nos sites que o número de candidatos a vereador em Paulo passa de uma centena. Leio também que muitas figuras conhecidas querem ser prefeito. Eles correm atrás do nosso voto e fazem muito bem em fazê-lo. Nós somos os juízes. Em época de eleição, ficamos inchados. Com tanta paparicação, tanto caqueado, nos sentimos importantes; e é melhor que curtamos tão sublime ocasião.

Mas nós ficamos também intrigados. Qual a razão básica de eles quererem ser nossos representantes? Prefeito e vereador são importantes. Têm salários dignos. Exercem o poder. Mas, para que poder? Não cremos que seja pelo mesquinho objetivo de se entufar. Levantar o peito e se projetar. Não, não cremos. Preferimos crer que seja para realizar e debater.

Médicos gostam de curar. Advogados adoram absolver. Dentistas nos dão sorrisos largos e professores abrem as nossas mentes para o entendimento. Prefeitos devem se esmerar para realizar e vereadores devem anelar pelo debate. Câmara de vereadores existe para fiscalizar as ações do executivo, a execução do orçamento e para promover o debate qualificado das grandes questões municipais (aí incluída a tarefa de elaboração das leis).

Os novos vereadores poderão debater as nossas questões, as questões de Paulo Afonso. O prefeito deve, por sua vez, ficar atento aos debates. Temos condições de ter um sistema de transportes eficaz onde entrem as ciclovias e as hidrovias. Temos um aeroporto que precisa operar. Precisamos de uma UTI. Precisamos de fomento às atividades náuticas. A exploração do turismo poderia contemplar o complexo hidroelétrico, os reservatórios e lagos e as montanhas ao redor. A indústria da pesca artesanal e da criação de peixes pode crescer (as nossas condições são ideais). Não podemos permitir a pobreza absoluta na cidade. Temos que escalar a abordagem ao problema das drogas. Temos que conservar o gosto de não termos favelas. Devemos pensar em áreas para estacionamento, tirando proveito de morarmos no interior (as grandes áreas disponíveis na ilha devem ser preservadas para projetos compreensivos de interesse geral). Temos que propiciar mais áreas de lazer com equipamentos para o cidadão se ocupar com qualidade. Devemos continuar o incentivo às atividades educacionais. Nunca descuidar dos idosos e, por fim, pensar em locais de repouso para os da zona urbana e os da zona rural com bebedouros, chuveiros e sanitários como os gregos e os romanos costumavam fazer.

A tarefa é enorme e sabemos todos que tudo que foi argumentado acima exige esforço, coordenação e recursos. Mas é o que temos a contribuir: opinar e sugerir para aqueles que estão se propondo, ao se lançarem candidatos, debater e realizar.

Francisco Nery Júnior

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