Edielma dos Santos, 22 anos, foi sepultada na manhã de ontem,18.07, no cemitério de Pariconha, num clima de intensa indignação e revolta. A jovem era residente na localidade de Boi Morto, a menos de 02 km do centro da cidade. Segundo a sua tia aparecida, por volta das 15h00 desta terça-feira, Edielma estava dormindo quando acordou sentindo mal súbito e intensa agonia, o seu tio tentou socorrê-la junto ao posto de saúde da cidade de Pariconha, porém não tinha médico e nem transporte.
A jovem não resistiu e faleceu por volta da 15h30m, no entanto, um fato curioso narrado por populares que acudiram ao local, é que em pouco menos de 20 minutos após o seu falecimento a prefeitura já disponibilizava transporte e o caixão mortuário. Esse é mais um episódio onde se pode constatar o descaso para com a saúde pública nos municípios do interior do país, onde os médicos que atendem nos Psf’s, não cumprem a jornada de trabalho de oito horas diárias.
Em Pariconha, na escala de atendimento, nesta terça-feira, 17.07, constava o Dr Adeilton, médico cardiologista que atende apenas duas vezes no mês, quinzenalmente.
Outro fato beligerante é que em Pariconha embora receba recursos do governo federal referentes a 06 Psf’s, a secretaria da saúde disponibiliza apenas uma médica, a Dra. Talita.
A população carente de Pariconha sobrevive a mercê de favores políticos para deslocamentos a Delmiro Gouveia, Arapiraca, Paulo Afonso ou Maceió, quando consegue, infelizmente, não foi o caso da jovem de 22 anos Edielma dos Santos.