(Por Antônio Galdino, diretor da Folha Sertaneja)
“Quero ir além da notícia e me associar, como cidadão, pessoa que conviveu em vários momentos com o técnico em enfermagem, com o músico competente, com o vereador, aos muitos que sofrem e sentem pela perda de Aroldo Ferreira.
O nome adotado por ele, como sua marca política, está associado ao ambiente de trabalho onde, por dezenas de anos, se dedicava a atender, com esmerado carinho, a pessoas que buscavam o alento para suas dores. São muitas as pessoas que podem afirmar, como faço agora, como foi oportuna a sua intervenção nesse atendimento hospitalar a estas pessoas que, quando buscam um hospital, desejam encontrar o carinho dos atendentes que, por si só já atenua o seu sofrimento.
Aroldo(ao violão), com Edemir Rodrigues, na homenagem a Alonso Maciel, no seu sepultamento
Esta foi a sua marca maior: SERVIR. Daí ser conhecido, num ambiente onde trabalham perto de 300 funcionários e onde circulam milhares de outras pessoas todos os dias, como AROLDO DO HOSPITAL.
Mas poderia ser lembrado também como Aroldo, músico, compositor, intérprete da MPB, participante e vencedor de festivais, ao lado do Edemir Rodrigues, Severino Bica e outros contemporâneos, de atuação marcante nos programas Palace de Atrações e Coliseu Show, realizados nas manhãs de domingo, primeiro no antigo Cine Palace, onde hoje funciona a Kibela, em frente do Visual e depois no Cine Coliseu, na Praça Libaneza e apresentados por mim, por Nilson Brandão e também por Rubem Marques.
Aroldo (ao centro) tomando posse como vereador na CMPA em Janeiro de 2009
Quero guardar na memória a figura do Aroldo cristão, amante a Deus, que tratava seus colegas vereadores, como Edson Maciel, Dinho, como irmãos, como fez em um dos seus últimos e emocionados discursos, na sessão que tratou da cassação do vereador Paulo Sérgio.
Na tribuna da CMPA
Uma prova de como Aroldo era querido está na quantidade de acessos que a matéria que publicamos na Folha Sertaneja online, pedindo as orações de todos, pela sua saúde e pela sua família. Em apenas 15 dias (a matéria foi postada no dia 14/07/2012), cerca de 6 mil pessoas acessaram esse texto. E isso não é privilégio do nosso site. No site de Ozildo Alves, (que se chama hoje, Paulo Afonso Agora) de onde copiamos a matéria, e em muitos outros sites onde o texto de Osildo também foi reproduzido, outras milhares de pessoas acompanharam o apelo comum.
J
aneiro 2011 – Mesa diretora da CMPA – (esq) vereadores Regivaldo Coriolano (PRES), Aroldo do Hospital (Vice), Osildo Alves (1º Sec) e Edson Maciel (2º Sec)
Nas últimas sessões da Câmara de Paulo Afonso, de onde era o Vice-Presidente, e em outros atos públicos como na convenção do PSB, no Lindinalva Cabral, já se podia notar a sua fragilidade e seu rosto, seu caminhar, denotavam as dores que o afligiam.
Aroldo, no cânion do São Francisco em Paulo Afonso
Aqui, na Folha Sertaneja, esse sentimento de perda nos envolve. Esse deve ser o sentimento maior dos seus pares, vereadores da Câmara Municipal de Paulo Afonso, dos eleitores que o conduziram ao seu primeiro mandato, tantas vezes buscado, porque nunca nos preparamos o suficiente para a perda de pessoas queridas, mesmo sabendo que um dia todos deixaremos esse convívio que compartilhamos aqui na terra.
Estamos todos tristes por esta perda. Mas, os amigos e os familiares, sabem que encontram no Espírito Santo, o consolador e renovador da nossa fé, a força para continuar a caminhada até onde nos permitir o Deus criador.” (AGS)
