Por José Tenório do Santos – Técnico em Meio Ambiente
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Foi criado em 2008 o Programa Territórios da Cidadania, em parceria com os governos estaduais, municipais e a sociedade. Na proposta do governo federal, buscando a redução das desigualdades sociais, a palavra território, deveria soar como sinônimo de articulação de políticas públicas regionais. Já em 2009 foi trocado o nome do CIEPA – Centro Integrado de Educação de Paulo Afonso, para CETEPI – Centro Territorial de Educação Profissionalizante de Itaparica (nosso território). Para não esticar o texto, quero me reportar apenas ao CETEPI, sem me aprofundar na história do CIEPA, que em cuja trajetória consta a mudança de sua sede, fato que se confunde com a vida de milhares de ribeirinhos que foram transferidos em nome do progresso, para dar lugar a construções das barragens (PA4). A mudança da denominação da instituição de ensino, para CETEPI – Centro Territorial de Ensino Profissionalizante de Itaparica, reanimou a todos que imaginavam que o Centro Profissionalizante, estaria incluído na proposta de articulação regional, pelo menos, em torno do tema do novo curso Técnico em Meio Ambiente.
No dia 31 de julho, aconteceu a colação de grau, de concluintes de diversos cursos Técnicos: Eletrônica, Eletrotécnica, Segurança do Trabalho, Informática e Meio Ambiente. Formandos que lamentavelmente conviveram por dois anos, com o descaso das autoridades diante da bravura de muitos professores, alguns nem tanto, falta sintonia com as exigências do CREA-BA. Lamentável sim, porque a formação técnica, de um cidadão (a) paulafonsino (a) significa mais que uma conquista individual, deveria ser visto, a exemplo dos discursos, como uma vitória do município e do estado. Causa indignação, a ausência das autoridades, dos dirigentes de órgãos responsáveis pela educação e pelas questões ambientais. Testemunhamos a displicência e uma nítida demonstração da desarticulação Territorial, motivo para dedicarmos maior atenção e questionarmos as soluções fáceis em promessas de campanha.
Minha gratidão e respeito ao CIEPA/CETEPI que sempre buscou atuar como um centro de habilitação de pássaros, filhos de Paulo Afonso e região, que por motivos econômicos/políticos, não conseguiram içar voos mais distantes. Agora podemos voar com nossas próprias asas, estamos capacitados, enxergando com maior clareza, as questões ambientais, queremos nos colocar como instrumentos, no melhor sentido da palavra, para somarmos esforços, para de fato, colocar em prática a nossa Legislação Ambiental.
Continuar nos negando oportunidades, e apoio ao CETEPI é continuar negando chances à vida e ao Planeta.
