Um morador da do município de Delmiro Gouveia, fascinado pelas histórias do Sertão, encontrou em Piranhas um punhal que ele acredita ser uma autêntica arma da época do Cangaço que foi deixada por um grupo de cangaceiros depois de um combate sangrento ocorrido na cidade ou que foi usada no Massacre de Angicos.
O novo proprietário do punhal não quis ter seu nome divulgado, mas revelou que a arma histórica foi doada pelo senhor Chiquinho Rodrigues a um ancião morador de Piranhas que lhe deu o objeto, aparentemente em perfeita conservação. Ele conta que cresceu ouvindo histórias do cangaceiro Virgulino Ferreira, vulgo Lampião, e suas façanhas pelo Sertão. As histórias eram contadas por pessoas mais idosas, mas agora ele tem a oportunidade de saber mais sobre o assunto por meio de livros, fotos, vídeos, vários textos e depoimentos encontrados na internet.
Foi numa dessas conversas que o antigo ancião lhe contou que houve uma invasão naquele município por um dos grupos de Lampião, comandado pelo cangaceiro “Gato”, quando na ocasião o mesmo tentava resgatar sua companheira, a cangaceira Inacinha, que se dizia presa naquela povoação. O idoso relata que a população heroicamente resistiu ao ataque que deixou um rastro de destruição, sangue e mortes de ambos os lados.
Nesse ocorrido o Senhor Chiquinho Rodrigues ficou conhecido como um dos principais defensores da cidade e possivelmente foi dele o tiro que abateu o temido chefe daquele grupo, o “Cangaceiro Gato”, relato confirmado no vídeo em anexo.
Diante dos relatos, o ancião e o delmirense acreditam que o punhal tenha sido de um dos cangaceiros mortos neste confronto ou até mesmo deixado quando ocorreu o massacre na Grota de Angicos, em 1938.
Veja as histórias do Senhor Chiquinho Rodrigues da cidade de Piranhas
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