4 de maio de 2025

Professor Gilberto: realizador de sonhos – 85 anos de vida!

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Distante apenas dezoito quilômetros de Floresta, sede da comarca, ou três léguas, na linguagem mais popular dos sertanejos, havia uma fazenda, Várzea das Caraíbas, hoje encoberta pela águas da Barragem de Itaparica, assim chamada pela sua localização num vale ou várzea, cortada por riacho, rodeada de caraibeiras que na floração ainda tornava mais bela a paisagem sertaneja.

Próximo estava o Riacho do Navio, que tem esse nome porque nas suas margens havia uma grande rochedo, um lajedo, cuja forma lembrava o formato de um navio. Suas águas deságuam no Rio Pajeú, um dos afluentes do Rio São Francisco, conhecido nacionalmente pela música de Luiz Gonzaga, “Riacho do Navio”. A Fazenda Várzea das Caraíbas ficava à margem do Rio Pajeú, bem antes dele se encontrar com o rio São Francisco.

Nesse cenário, nesta fazenda, nasceu, Gilberto Gomes de Oliveira, em 24 de novembro de 1927, o terceiro da grande prole de doze filhos do Sr. Luiz Gonzaga de Oliveira e D. Maria Gomes de Oliveira.

No início dos anos 50, o Distrito de Paulo Afonso, ligado ao vizinho município de Glória, vivia o apogeu da construção da primeira usina hidrelétrica da Chesf.

A empresa, imponente, montou uma portentosa estrutura urbana para beneficiar os seus milhares de empregados e familiares.

Acervo Col. Sete de Setembro

Escola Evangélica Antônio Balbino

Era o Acampamento da Chesf. Ali tudo havia em abundância. Era o centro da vida do povoamento que se formava à sua volta e que ficou conhecida como Vila Poty porque grande parte dos casebres que a formavam, e onde moravam os trabalhadores que iam chegando para a construção da hidrelétrica, eram forrados e cobertos por sacos vazios de cimento da marca Poty, consumido às toneladas na construção da barragem e da usina.

A cooperativa, comercializando de tudo a preços módicos, o hospital que atendia a todos, o posto de puericultura, distribuindo leite para as crianças, o campo de futebol, os únicos clubes sociais da cidade, o Clube Paulo Afonso – CPA, para os engenheiros, chefes, encarregados, pessoal de nível superior e o Clube Operário de Paulo Afonso – COPA , para os operários. O único Banco do lugarejo – Banco da Bahia, ao lado do mercado público, os correios, ao seu lado, o mercado público, a feira livre e as escolas da Chesf, as únicas do lugar. Tudo funcionava dentro da área conhecida como “a cidade da Chesf”, bem arrumada, ruas planejadas, saneamento básico, praças, calçamento.

As escolas, estas recebiam apenas os estudantes filhos dos empregados da empresa e muitos dos que viviam na Vila Poty não podiam estudar pela inexistência de outras opções. Na Chesf, várias escolas, milhares de estudantes, até um ginásio. Na Vila Poty, nada.

Acervo Col. Sete de Setembro

Gilberto (Arcevo Colégio Sete)

Chegado a Paulo Afonso no início de 1951, para trabalhar na Chesf, Gilberto Oliveira viu nascer no seu coração o desejo de criar uma escolinha na chamada Vila Poty, hoje Ilha de Paulo Afonso, e ali, com o incentivo do pastor João Cartonilho, fundou a Escola Evangélica Antônio Balbino que, além de oferecer a educação incial às crianças pobres do lugarejo que crescia desordenadamente, dava assistência social às famílias mais carentes que ali moravam.

Para isso, contava com o trabalho voluntário de sua esposa Wilma Eugênia e das professoras Adeilda Xavier e Lindinalva Cabral, de outros colaboradores e, nos primeiros tempos, de algumas igrejas evangélicas que já se organizavam no lugar conhecido como Vila Poty.

Era o ano de 1955. Em 1956, a Vila Poty passou a ser Distrito do município de Santo Antônio da Glória, de quem ficava distante 30 quilômetros.

A escolinha evangélica crescia a cada ano. Em 1958, viu-se a necessidade de se ter uma instituição que permitisse a busca de recursos estaduais ou federais para dar continuidade a esse projeto educativo e social.

Com a colaboração dos pastores João Cartonilho e Onésimo Nascimento, foi fundado o Centro Evangélico de Recuperação Social de Paulo Afonso, de caráter filantrópico que tinha por missão administrar a Escola Antônio Balbino e desenvolver ações sociais para amparar as crianças e famílias em situação de carência sócio-econômica.

Acervo Col. Sete de Setembro

Professor Gilberto e Wilma Oliveira (Arcevo Sete)

A procura por vagas na Escola Evangélica Antônio Balbino crescia a cada ano e em pouco tempo a sua matrícula chegava a 500 alunos. Essa procura fazia igualmente cresceram as dificuldades para a sua manutenção.

Por outro lado, a evolução dos trabalhos na Chesf indicavam a construção de outras usinas promovendo, paralelamente, o crescimento do comércio e de serviços para atender ao crescente aumento da população local.

Distante apenas dezoito quilômetros de Floresta, sede da comarca, ou três léguas, na linguagem mais popular dos sertanejos, havia uma fazenda, Várzea das Caraíbas, hoje encoberta pela águas da Barragem de Itaparica, assim chamada pela sua localização num vale ou várzea, cortada por riacho, rodeada de caraibeiras que na floração ainda tornava mais bela a paisagem sertaneja.

Próximo estava o Riacho do Navio, que tem esse nome porque nas suas margens havia uma grande rochedo, um lajedo, cuja forma lembrava o formato de um navio. Suas águas deságuam no Rio Pajeú, um dos afluentes do Rio São Francisco, conhecido nacionalmente pela música de Luiz Gonzaga, “Riacho do Navio”. A Fazenda Várzea das Caraíbas ficava à margem do Rio Pajeú, bem antes dele se encontrar com o rio São Francisco.

Nesse cenário, nesta fazenda, nasceu, Gilberto Gomes de Oliveira, em 24 de novembro de 1927, o terceiro da grande prole de doze filhos do Sr. Luiz Gonzaga de Oliveira e D. Maria Gomes de Oliveira.

No início dos anos 50, o Distrito de Paulo Afonso, ligado ao vizinho município de Glória, vivia o apogeu da construção da primeira usina hidrelétrica da Chesf.

A empresa, imponente, montou uma portentosa estrutura urbana para beneficiar os seus milhares de empregados e familiares.

Acervo Col. Sete de Setembro

Escola Evangélica Antônio Balbino

Era o Acampamento da Chesf. Ali tudo havia em abundância. Era o centro da vida do povoamento que se formava à sua volta e que ficou conhecida como Vila Poty porque grande parte dos casebres que a formavam, e onde moravam os trabalhadores que iam chegando para a construção da hidrelétrica, eram forrados e cobertos por sacos vazios de cimento da marca Poty, consumido às toneladas na construção da barragem e da usina.

A cooperativa, comercializando de tudo a preços módicos, o hospital que atendia a todos, o posto de puericultura, distribuindo leite para as crianças, o campo de futebol, os únicos clubes sociais da cidade, o Clube Paulo Afonso – CPA, para os engenheiros, chefes, encarregados, pessoal de nível superior e o Clube Operário de Paulo Afonso – COPA , para os operários. O único Banco do lugarejo – Banco da Bahia, ao lado do mercado público, os correios, ao seu lado, o mercado público, a feira livre e as escolas da Chesf, as únicas do lugar. Tudo funcionava dentro da área conhecida como “a cidade da Chesf”, bem arrumada, ruas planejadas, saneamento básico, praças, calçamento.

As escolas, estas recebiam apenas os estudantes filhos dos empregados da empresa e muitos dos que viviam na Vila Poty não podiam estudar pela inexistência de outras opções. Na Chesf, várias escolas, milhares de estudantes, até um ginásio. Na Vila Poty, nada.

Acervo Col. Sete de Setembro

Gilberto (Arcevo Colégio Sete)

Chegado a Paulo Afonso no início de 1951, para trabalhar na Chesf, Gilberto Oliveira viu nascer no seu coração o desejo de criar uma escolinha na chamada Vila Poty, hoje Ilha de Paulo Afonso, e ali, com o incentivo do pastor João Cartonilho, fundou a Escola Evangélica Antônio Balbino que, além de oferecer a educação incial às crianças pobres do lugarejo que crescia desordenadamente, dava assistência social às famílias mais carentes que ali moravam.

Para isso, contava com o trabalho voluntário de sua esposa Wilma Eugênia e das professoras Adeilda Xavier e Lindinalva Cabral, de outros colaboradores e, nos primeiros tempos, de algumas igrejas evangélicas que já se organizavam no lugar conhecido como Vila Poty.

Era o ano de 1955. Em 1956, a Vila Poty passou a ser Distrito do município de Santo Antônio da Glória, de quem ficava distante 30 quilômetros.

A escolinha evangélica crescia a cada ano. Em 1958, viu-se a necessidade de se ter uma instituição que permitisse a busca de recursos estaduais ou federais para dar continuidade a esse projeto educativo e social.

Com a colaboração dos pastores João Cartonilho e Onésimo Nascimento, foi fundado o Centro Evangélico de Recuperação Social de Paulo Afonso, de caráter filantrópico que tinha por missão administrar a Escola Antônio Balbino e desenvolver ações sociais para amparar as crianças e famílias em situação de carência sócio-econômica.

Acervo Col. Sete de Setembro

Professor Gilberto e Wilma Oliveira (Arcevo Sete)

A procura por vagas na Escola Evangélica Antônio Balbino crescia a cada ano e em pouco tempo a sua matrícula chegava a 500 alunos. Essa procura fazia igualmente cresceram as dificuldades para a sua manutenção.

Por outro lado, a evolução dos trabalhos na Chesf indicavam a construção de outras usinas promovendo, paralelamente, o crescimento do comércio e de serviços para atender ao crescente aumento da população local.

Distante apenas dezoito quilômetros de Floresta, sede da comarca, ou três léguas, na linguagem mais popular dos sertanejos, havia uma fazenda, Várzea das Caraíbas, hoje encoberta pela águas da Barragem de Itaparica, assim chamada pela sua localização num vale ou várzea, cortada por riacho, rodeada de caraibeiras que na floração ainda tornava mais bela a paisagem sertaneja.

Próximo estava o Riacho do Navio, que tem esse nome porque nas suas margens havia uma grande rochedo, um lajedo, cuja forma lembrava o formato de um navio. Suas águas deságuam no Rio Pajeú, um dos afluentes do Rio São Francisco, conhecido nacionalmente pela música de Luiz Gonzaga, “Riacho do Navio”. A Fazenda Várzea das Caraíbas ficava à margem do Rio Pajeú, bem antes dele se encontrar com o rio São Francisco.

Nesse cenário, nesta fazenda, nasceu, Gilberto Gomes de Oliveira, em 24 de novembro de 1927, o terceiro da grande prole de doze filhos do Sr. Luiz Gonzaga de Oliveira e D. Maria Gomes de Oliveira.

No início dos anos 50, o Distrito de Paulo Afonso, ligado ao vizinho município de Glória, vivia o apogeu da construção da primeira usina hidrelétrica da Chesf.

A empresa, imponente, montou uma portentosa estrutura urbana para beneficiar os seus milhares de empregados e familiares.

Acervo Col. Sete de Setembro

Escola Evangélica Antônio Balbino

Era o Acampamento da Chesf. Ali tudo havia em abundância. Era o centro da vida do povoamento que se formava à sua volta e que ficou conhecida como Vila Poty porque grande parte dos casebres que a formavam, e onde moravam os trabalhadores que iam chegando para a construção da hidrelétrica, eram forrados e cobertos por sacos vazios de cimento da marca Poty, consumido às toneladas na construção da barragem e da usina.

A cooperativa, comercializando de tudo a preços módicos, o hospital que atendia a todos, o posto de puericultura, distribuindo leite para as crianças, o campo de futebol, os únicos clubes sociais da cidade, o Clube Paulo Afonso – CPA, para os engenheiros, chefes, encarregados, pessoal de nível superior e o Clube Operário de Paulo Afonso – COPA , para os operários. O único Banco do lugarejo – Banco da Bahia, ao lado do mercado público, os correios, ao seu lado, o mercado público, a feira livre e as escolas da Chesf, as únicas do lugar. Tudo funcionava dentro da área conhecida como “a cidade da Chesf”, bem arrumada, ruas planejadas, saneamento básico, praças, calçamento.

As escolas, estas recebiam apenas os estudantes filhos dos empregados da empresa e muitos dos que viviam na Vila Poty não podiam estudar pela inexistência de outras opções. Na Chesf, várias escolas, milhares de estudantes, até um ginásio. Na Vila Poty, nada.

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