A expressão acima, de Roma, no tempo oportuno de então, lembrava a vontade, a vocação, a aptidão do “príncipe” para determinado objetivo como essência das essências para o resultado proveitoso de suas ações. Iluminista e cartesiana, a teoria do querer/poder, para solucionar, era extraída do “máximo do caldo” da vontade do agente para consecução do fim que se deveria atingir. A vontade tudo ditava.
Guardadas as devidas proporções anacrônicas, ou seja, fora de época, com a pretensa vontade de acertar, uma vez mais, o prefeito Anilton Bastos, DEM/PDT, com a maioria dos vereadores, assume pela terceira vez a cadeira mor do Paço Municipal, ora diplomado pela incólume Justiça Eleitoral com a expressividade numérica de trinta e cinco mil votos válidos. Sua responsabilidade política/administrativa também aumenta à proporção dos votos em contraste com a sua pífia vontade política que declina, ladeira abaixo, ante as promessas não cumpridas de campanhas passadas, que, indubitavelmente, deixaram no vazio o Turismo, com a orla poluída do rio São Francisco onde não deslanchou a Piscicultura, a Saúde na “UTI”, a Educação reprovada pelo MEC, e os empregos na “berlinda ou no trecho”. Contudo, além da falta de opção e motivado também pelos efeitos de anos de propaganda pejorativa, sem contra-propaganda no ar, nas linhas e nos espaços contra o ex prefeito da cidade, cônjuge da candidata a prefeita do PCdoB pela oposição, o eleitorado pauloafonsino, nas urnas, apesar do desgaste econômico, da insalubridade que campeia e do desemprego que aumenta todos os dias, vaticinou por mais quatro anos a permanência do ciclo que há mais de duas décadas detém a hegemonia executiva da Administração Pública do município que retrata o exposto negativo acima.
Infelizmente, “quem não faz enquanto pode, não o fará quando quiser!” O dogma da vontade de outros tempos é desconhecido pela cúpula do grupo situacionista, PFL/DEM/PDT, que teve apoios de governos estadual e federal, e nunca e em tempo algum mostrou vontade política para mudar o quadro econômico/social carente que tende a se agravar com a redução drástica da receita da usada e inchada, Prefeitura Municipal, na questão dos “Royalties” da energia elétrica. Neste panorama questionado, as perspectivas são sombrias para o campo e a cidade nos próximos anos. Tomara que o povo não tenha dado um “tiro no pé” nas eleições por ter votado no continuísmo.
Necessariàmente, a voz do povo nem sempre é a voz de Deus. Exceto para quem quer justificar o injustificável com conotações politiqueiras usando em vão o nome do Senhor no ar, no tempo e no espaço.
Epidauro Pamplona.