A forte e prolongada estiagem que assola diversas áreas do semiárido nordestino, tende a se agravar devido à instabilidade climática no oceano pacífico, em função da manifestação do fenômeno EL NIÑO, reduzindo assim nas probabilidades de chuvas na região nordestina.
Em torno de 1.315 municípios do semiárido nordestino perderam 15% da biodiversidade catingueira, que provavelmente terá anos e anos para recuperar.
Segundo dados do INPE- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a situação é crítica e desoladora, não há a curto e médio prazo previsão para chuvas, que consequentemente provocará ainda mais perda de biodiversidade e alimento para o habitante dessa região.
Algumas instituições estão no esforço concentrado no sentido de mitigar o quadro encontrado.
A situação é de calamidade e caos na seca prolongada e agora mais do nunca necessita de programas de abastecimento de água de forma pragmática no sentido de levar esse precioso líquido com mais celeridade e sistemática.
Constroem açudes, cisternas e outras formas de armazenar água, mas está realmente faltando esse recurso, então só posso classificar essas formas mitigadoras como falhas em parte, pois não adianta dar a vara para pescar se não houver o peixe.
Deveriam primeiro levar água através de adutoras e outros meios para depois construir essas cisternas, açudes e outras benfeitorias no sentido de armazenar água em tempo de estiagem.
O modelo de minimizar a seca no sertão está ultrapassado, pois só funciona de forma temporária e de maneira impactante sem tratar a solução de forma direta, sem encarar e propor meios mais diretos e com resultados satisfatórios, pois acho que alguém ou grupos estão interessados neste velho costume nordestino.
Silvano Wanderley – Geógrafo / Mestrando em Gestão e Auditoria Ambiental
