A cobertura VIP da feira, que tem em sua abóbada quatro torres que lembram mesquitas mulçumanas, obra prima do Governo Municipal reeleito, abriga centenas de consumidores e feirantes livrando-os do sol e da chuva e do trabalho incômodo de armar e desarmar barracas destas pessoas que sobrevivem feirando no local.
Destinada a acomodar o comércio extrínseco de bebidas, roupas, frutas e verduras, apesar do espaço limitado e do gritante descaso com a Segurança contra incêndios de mercadorias inflamáveis, a “luxuosa” e onerosa edificação deixou de fora o comércio de peixes, carnes e frios que continuam como dantes, conforme fotos anexas, expostos à insalubridade do mercado CEAPA, sem refrigeração adequada e entre cachorros famintos e doentes, mendigos, alcoólatras e sem tetos que infernizam a vida dos açougueiros e das quiosqueiras, seus fregueses e comensais, respectivamente. O lixo e a fedentina insuportáveis às sextas e sábados incomodam a visão e o olfato de todos, e muitos contribuem fazendo xixi em locais inadequados por não querer pagar ou não ter cinqüenta centavos para urinar no banheiro, dito público.
A miopia da Administração Municipal invertendo as prioridades da Cobertura na questão alimentícia negociada na feira, retrata um quadro provinciano e asqueroso típico de grotões africanos que deve ser inexoravelmente mudado em Paulo Afonso. Em pleno século XXI, em uma cidade turística, é inadmissível que os horrores insalubres que atentam contra a Saúde Pública tornem-se rotineiros para a sociedade e despercebidos até pelas autoridades sanitárias. SOS!
Epidauro Pamplona
Compare a imagem do novo mercado público, e bem ao lado, veja as condições do mercado de carnes…