O delegado titular da delegacia de Piranhas, Antônio Vieira de Barros Filho, responsável pela investigação do duplo homicídio dos primos sergipanos Walace Rodrigues de Goes, conhecido como “Loirão”, 20, e Maxuel Rodrigues de Goes, o “Neguinho”, 21, ouviu nesta sexta-feira (22) os irmãos Álvaro Brito, o “Alvinho”, 20, e Albano Brito, ambos acusados do crime que ocorreu durante as festividade do padroeiro São José, no dia 17 deste mês, em Olho D’água do Casado.
Barrinho, como é conhecido o delegado, adiantou com exclusividade para a reportagem do Minuto Sertão que durante a oitiva, os irmãos se mantiveram em silencio e sua defesa alegou que os clientes somente vão se pronunciar em juízo. Alvinho e Albano foram indiciados por duplo homicídio qualificado e depois liberados.
Conforme o delegado, o inquérito policial está quase na reta final e pretende concluí-lo dentro do prazo legal para que seja rapidamente encaminhá-lo à Justiça da comarca de Piranhas para apreciação do caso.
Questionado por nossa reportagem se pretendia solicitar a prisão preventiva dos acusados, o delegado explicou que não podia revelar mais nada para não atrapalhar nas investigações que para ele segue em ritmo avançado.
O crime
O crime aconteceu na madrugada do último dia 17, por volta das 3h40, na Rua São José, bairro Centro, próximo à Praça de Eventos, em Olho D’água do Casado. Os primos Walace Rodrigues de Goes, conhecido como “Loirão”, 20, e Maxuel Rodrigues de Goes, o “Neguinho”, 21, foram assassinados a tiros.
As vítimas que eram da cidade de Canindé do São Francisco/SE participavam da festa do Padroeiro São José quando foram alvejadas pelos disparos de arma de fogo que teriam sido efetuados pelos irmãos Álvaro Brito, o “Alvinho”, 20, e Albano Brito.
Walace foi ferido no ouvido, pescoço e braço e morreu na hora, já Maxuel foi atingido no tórax, ainda foi socorrido com vida para o Hospital Regional em Santana do Ipanema, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar àquela unidade de saúde.
Em menos de 24 h do crime, a equipe policial do delegado Antônio Barros chegou aos nomes dos suspeitos que segundo as primeiras investigações teriam assassinado os sergipanos motivados por uma rixa originada em uma confusão entre eles nos festejos do carnaval deste ano, em Canindé do São Francisco/SE, quando as vítimas e os acusados haviam se agredido fisicamente por causa de uma disputa por som automotivo.
Com exclusividade, a reportagem do Minuto Sertão falou com uma testemunha ocular do duplo assassinato e ela contou que os irmãos chegaram ao local e desafiaram os jovens a desceram do carro que estavam e quando eles desceram, provavelmente pensando que seria para luta corporal, acabaram sendo surpreendidos pelo “Alvinho” que teria sido o primeiro a atirar contra Walace ou “Loirão” que morreu na hora e depois entregou a arma para o irmão – Albano – que além de efetuar outros disparos contra Maxuel que estava na companhia do primo, ainda teria dito: “toma esse é seu”.
