A partir desta segunda-feira (08), professores da rede municipal de ensino de Paulo Afonso estarão em greve por tempo indeterminado. Os educadores respaldados pela APLB (Sindicato dos Profissionais em Educação de Paulo Afonso e Região) saíram às ruas em protesto contra o prefeito Anilton Bastos (PDT) na manhã deste sábado (06). Eles querem o aumento de 7,97% concedido pelo Governo Federal em sua totalidade não fatiado como pretende o governo. Em nota, a APLB alega prejuízo para a categoria:
Em 2012 o repasse do FUNDEB foi 22,22%. Enquanto a categoria recebeu do referido percentual dividido em três vezes, sem retroativo, e somente em setembro recebeu integralmente, tendo grandes perdas ao longo do ano. Agora em 2013, não achando pouco as perdas do ano anterior o Poder Executivo fraciona 2,5% em maio e agosto sem retroativo, somente a partir de novembro pratica a integralidade da valorização do magistério em 7,97%, ou seja, no penúltimo mês do ano, com dez meses sem repasse do referido Fundo.
O que de fato ocorre na aplicação dos recursos na relação de pessoal, a educação é a pasta que mais tem recursos para ser aplicado, no entanto, os gestores se equivocam ao contratar pessoas sem critérios, com vinculações eleitoreiras e esquecem que há um limite e o mesmo deve está na sua aplicação de fundo desatrelados de compromissos eleitoreiros e demais Secretarias.
O grande desafio é aplicar a lei na íntegra porque 60% do fundo tem que ser aplicado aos Profissionais do Magistério em efetivo exercício, e demais 40% do fundo aplicar na manutenção do ensino e pagamento dos Trabalhadores em Educação.
O Sindicato reuniu-se várias vezes com o governo que, em nenhuma oportunidade apresentou proposta que não houvesse perdas.
Diante de tantos abusos do Poder Executivo, descumprindo o Plano de Carreira do Magistério, a categoria indignada e não aceitando mais perdas salariais resolveu em Assembleia Geral paralisar as atividades pedagógicas por tempo indeterminado ou até o Prefeito apresentar uma nova proposta.
Enquanto os professores decidiram não dar aulas a partir desta segunda (08), a secretaria de educação do município também emitiu nota sobre o episódio e diz que as aulas estão mantidas. Por conta do impasse, os próprios pais de alunos ainda não decidiram se levarão ou não seus filhos às escolas nesta segunda.