Pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas na noite desta quarta-feira (3) mostram que as candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) estão tecnicamente empatadas em primeiro lugar na corrida presidencial.
No Datafolha, a presidente Dilma oscilou de 34% na sexta-feira passada (29) para 35%, e a ex-senadora Marina se manteve com 34%, enquanto o senador Aécio Neves (MG), candidato do PSDB, variou de 15% para 14%.
No Ibope, Dilma subiu de 34% no dia 26 de agosto para 37%, Marina cresceu de 29% para 33%, enquanto Aécio caiu de 19% para 15%.
Apesar de a presidente estar numericamente à frente nas duas pesquisas, o empate técnico com a ex-senadora se configura porque a margem de erro dos dois levantamentos é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
No Datafolha, os outros candidatos somam 4%. O eleitores inclinados a votar em branco ou nulo representam 6%, e os indecisos são 7%.
No Ibope, o Pastor Everaldo Pereira (PSC) possui 1%. Somados, os outros sete candidatos têm 2% das intenções de voto. A proporção de eleitores dispostos a votar em branco ou anular é de 7%. Os indecisos representam 5%.
Como nenhuma candidata possui mais do que a soma das intenções de voto dos demais concorrentes, a tendência no momento é que a disputa vá para o segundo turno.
O Datafolha testou três cenários de segundo turno. Em uma eventual disputa entre Dilma e Marina, a candidata do PSB vence por 48% a 41%. Dilma venceria Aécio por 49% a 38%. E Marina ganharia de Aécio por 56% a 28%.
O Ibope, por sua vez, testou dois cenários de segundo turno. Em um eventual confronto entre Dilma e Marina, a candidata do PSB aparece à frente, com 46%, contra 39% da petista. São 6% de indecisos e 8% de propensos a votar em branco ou nulo.
No outro cenário, Dilma lidera com 47%, contra 34% de Aécio, com 8% de indecisos e 11% de inclinados a votar em branco ou nulo.
O Datafolha entrevistou 10.054 eleitores entre segunda-feira e esta quarta. A pesquisa contratada pelo jornal "Folha de S.Paulo" foi registrada no TSE com o número BR-00517/2014.
O Ibope entrevistou 2.506 pessoas entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro. Contratada pela "Rede Globo" e pelo jornal "O Estado de S.Paulo", a pesquisa foi registrada no TSE com o número BR-00514/2014.
Rejeição e avaliação do governo
O Ibope também mediu a rejeição aos candidatos. A presidente Dilma é a mais rejeitada. A proporção de eleitores que dizem não votar na petista de jeito nenhum é de 31%, mas caiu em relação aos 36% da semana passada. Marina é rejeitada por 12% — contra 10% no último levantamento –; e a taxa de rejeição a Aécio se mantém em 18%.
De acordo com o instituto, a avaliação do governo Dilma melhorou. Para 36% dos entrevistados, a gestão é ótima ou boa — contra 34% na última semana. São seis pontos de crescimento desde o fim de julho. A parte dos eleitores que avalia a administração como regular oscilou de 36% para 37%. E a proporção dos que a consideram ruim ou péssima é de 26% –ante 27% no levantamento anterior.
Datafolha também indica possível estabilização do quadro
Os números da pesquisa Ibope realizada de domingo (31.ago) a terça-feira (2.set) indicam que a disputa pelo Palácio do Planalto ainda está longe de uma definição –contrariando algumas análises sobre o efeito do crescimento fulminante das intenções de voto de Marina Silva (PSB) nas últimas semanas.
Os números mostram um possível equilíbrio do quadro, quando se consideram os levantamentos mais recentes, tanto do próprio Ibope como do Datafolha [leia ao final do post uma análise específica sobre o Datafolha]. Dilma apenas voltou para o patamar em que esteve nos últimos meses. Marina parece começar a reduzir sua velocidade de crescimento.
O fato é que os números do Ibope demonstram também que a candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), teve algum poder de reação nesta semana, variando de 34% para 37% das intenções de voto –num momento em que se ouvia aqui e ali que ela estava começando a esfarelar. O que aconteceu de 26 de agosto (quando foi divulgado o último levantamento) até agora? Somente a grande exposição dos candidatos, cada um do seu jeito.
Se Dilma melhorou seu desempenho, o crédito deve ir para as propagandas no horário eleitoral, ao “minuto do candidato” diário no “Jornal Nacional” (algo sempre tratado como assunto da maior prioridade em todas as campanhas) e às suas duas participações em debates presidenciais (dia 26 de agosto, na Band, e dia 1º de setembro, no SBT).
É claro que a participação da presidente no horário eleitoral foi muito criticada por causa do “discurso do medo”. Muitos também enxergaram um desempenho ruim de Dilma nos debates. Mas nessas horas quem decide são os eleitores, não os analistas. Por enquanto, a petista consegue manter seu eleitorado cativo, flutuando em torno de 35%.
A missão nada fácil de Dilma agora é ampliar suas intenções de voto num eventual segundo turno. Até porque, hoje ela perderia para Marina Silva –46% a 39%, uma diferença de 7 pontos. Só que na semana passada a derrota seria maior: 45% a 36%, uma distância de 9 pontos.
Já Marina Silva enfrenta nesta semana o momento de maior questionamento até agora em toda a sua curta trajetória como candidata a presidente. Teve muita coisa. Eis 3 temas: o caso do programa de governo divulgado na sexta e corrigido no domingo (sobre política LGBT e usinas nucleares), mostrando uma certa insegurança gerencial por parte da pessebista; as palestras remuneradas sem divulgar os nomes de quem pagou, indicando uma cheiro de incompatibilidade com a chamada “nova política”; e os ataques sofridos no horário eleitoral quando foi comparada a Jânio Quadros e a Fernando Collor.
Ainda assim, em meio a intenso tiroteio, Marina subiu de 29% para 33% de intenções de voto. É um grande patrimônio formado, sem contar o favoritismo que continua a manter num eventual segundo turno.
Por fim, Aécio Neves (PSDB) pontuou 15% no Ibope e parece que vai mesmo se acomodando na posição de coadjuvante neste processo. Pelo menos, por enquanto. E é necessário ressaltar o “por enquanto”– afinal, esta é talvez a eleição presidencial pós-ditadura com mais fatos inesperados nesta fase final da campanha.
Quem poderia dizer, há um mês, que Marina Silva despontaria agora como uma das favoritas? Ou que o tucano Aécio Neves estaria despencando nas pesquisas?
Tudo considerado, o mais prudente é dizer que esta eleição continua distante de um desfecho previsível. Teremos de esperar até o dia 5 de outubro. Ou até 26 de outubro, no 2º turno –se houver.
Sobre o Datafolha e o remanso
Divulgada no início da noite desta quarta-feira (3.set.2014), a pesquisa realizada pelo Datafolha de 1º a 3 de setembro tem números que corroboram o levantamento do Ibope. São estudos com m��������-�� ��
Pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas na noite desta quarta-feira (3) mostram que as candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) estão tecnicamente empatadas em primeiro lugar na corrida presidencial.
No Datafolha, a presidente Dilma oscilou de 34% na sexta-feira passada (29) para 35%, e a ex-senadora Marina se manteve com 34%, enquanto o senador Aécio Neves (MG), candidato do PSDB, variou de 15% para 14%.
No Ibope, Dilma subiu de 34% no dia 26 de agosto para 37%, Marina cresceu de 29% para 33%, enquanto Aécio caiu de 19% para 15%.
Apesar de a presidente estar numericamente à frente nas duas pesquisas, o empate técnico com a ex-senadora se configura porque a margem de erro dos dois levantamentos é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
No Datafolha, os outros candidatos somam 4%. O eleitores inclinados a votar em branco ou nulo representam 6%, e os indecisos são 7%.
No Ibope, o Pastor Everaldo Pereira (PSC) possui 1%. Somados, os outros sete candidatos têm 2% das intenções de voto. A proporção de eleitores dispostos a votar em branco ou anular é de 7%. Os indecisos representam 5%.
Como nenhuma candidata possui mais do que a soma das intenções de voto dos demais concorrentes, a tendência no momento é que a disputa vá para o segundo turno.
O Datafolha testou três cenários de segundo turno. Em uma eventual disputa entre Dilma e Marina, a candidata do PSB vence por 48% a 41%. Dilma venceria Aécio por 49% a 38%. E Marina ganharia de Aécio por 56% a 28%.
O Ibope, por sua vez, testou dois cenários de segundo turno. Em um eventual confronto entre Dilma e Marina, a candidata do PSB aparece à frente, com 46%, contra 39% da petista. São 6% de indecisos e 8% de propensos a votar em branco ou nulo.
No outro cenário, Dilma lidera com 47%, contra 34% de Aécio, com 8% de indecisos e 11% de inclinados a votar em branco ou nulo.
O Datafolha entrevistou 10.054 eleitores entre segunda-feira e esta quarta. A pesquisa contratada pelo jornal "Folha de S.Paulo" foi registrada no TSE com o número BR-00517/2014.
O Ibope entrevistou 2.506 pessoas entre os dias 31 de agosto e 2 de setembro. Contratada pela "Rede Globo" e pelo jornal "O Estado de S.Paulo", a pesquisa foi registrada no TSE com o número BR-00514/2014.
Rejeição e avaliação do governo
O Ibope também mediu a rejeição aos candidatos. A presidente Dilma é a mais rejeitada. A proporção de eleitores que dizem não votar na petista de jeito nenhum é de 31%, mas caiu em relação aos 36% da semana passada. Marina é rejeitada por 12% — contra 10% no último levantamento –; e a taxa de rejeição a Aécio se mantém em 18%.
De acordo com o instituto, a avaliação do governo Dilma melhorou. Para 36% dos entrevistados, a gestão é ótima ou boa — contra 34% na última semana. São seis pontos de crescimento desde o fim de julho. A parte dos eleitores que avalia a administração co