Segundo o entendimento do ver. Regivaldo Coriolano (PCdoB), 1ª secretário da Câmara de Vereadores de Paulo Afonso, ele continua como sempre foi, “mais à esquerda”, o Governo é quem fez o movimento migratório. “Mais recentemente vimos o prefeito apoiar o deputado Josias Gomes (PT) com quem temos relacionamento estreito, ainda que não tenha apoiado Rangel (PT), mas o deputado tem uma ligação muito próxima ao prefeito”, disse em entrevista exclusiva ao site Ozildo Alves, onde também aproveitou para alfinetar seus críticos. “Estes que me criticam foram os que mais mudaram, e sempre para governos, foram quatro anos de conversas para eu decidir, tive 92% da equipe aceitando este entendimento".
Acompanhe a entrevista na íntegra:
Ivone Lima – Há quanto tempo o senhor está na vida pública?
Regivaldo Coriolano – São seis mandatos, fui secretário e dirigente sindical, na redemocratização eu estava no PMDB da época, depois tive a fase de transição onde passei dois anos no partido e a grande parte do tempo tem sido no PCdoB e no PT.
Ivone Lima – Seus eleitores estão confusos sobre esta nova conjuntura em que o senhor apoiou o candidato do governo à presidência da Câmara, o senhor mudou de posição?, de ideologia?
Regivaldo Coriolano – Nada muda. Continuou no mesmo grupo e no mesmo partido. O que aconteceu recentemente é que nosso grupo político migrou para um entendimento com o governo municipal, na época eu estava na presidência da Câmara e não fui. Não acreditava no projeto político do governo que sendo oposição apoiaria o governo petista, achei que não vingaria. Também tinha um compromisso com os vereadores que me apoiaram e me fizeram presidente da Casa, mesmo quando Rangel apoiou o prefeito não fui para manter o compromisso com os vereadores que faziam oposição ao governo.
Ivone Lima – Como se deu essa aproximação e este apoio agora nestas eleições?
Regivaldo Coriolano – Foi uma eleição de grupos: Mário Negromonte, Luiz de Deus e Rangel, eu não iria deixar de está com Paulo Rangel para está no grupo de Luiz de Deus ou Negromonte, tenho que ter uma opção partidária e assim o fiz, inclusive respaldada pelo presidente estadual do PCdoB, o dep. federal Daniel Almeida. O que há é muita especulação, em todos esses grupos há migração, e parte deles só vão para o Governo, pode ser quem quer que seja o vencedor, estão sempre no Governo, ao contrário de mim que continuo na mesma posição, perdendo ou ganhando. As críticas são do jogo, as pessoas dizem o que querem, os que mais me criticam são, toda vida, os que mais mudaram.
Ivone Lima – Como fica sua atuação na Câmara?, o senhor que sempre foi muito crítico dos problemas do município, e, principalmente, quando os projetos do executivo chegam na Casa e são colocados em votação de forma atropelada?
Regivaldo Coriolano – Continuo sendo o vereador que vai ajudar e fazer as críticas quando for necessário. Sou da base do Governo por um entendimento partidário e de grupo político, mas as minhas ponderações quando as coisas aparecerem aqui sem que nós tenhamos o pleno conhecimento serão feitas da mesma forma. Já informei inclusive a presidência da Casa que é necessário respeitar a minoria, eu fui minoria e sei como é difícil lidar com isto. Agora tem que se respeitar a minoria para que o processo democrático se dê em sua plenitude. Lógico, a procedimentos em que a maioria dita os encaminhamentos, mas ainda estamos no processo democrático. Vamos continuar fazendo um trabalho propositivo e de entendimento das forças políticas na Casa.