11 de setembro de 2025

Entrevista com o vereador Edson Oliveira. ‘Me estranha é um médico que gerencia a cidade já no seu 3º mandato, não ter privilegiado a UTI’

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O vereador Edson Oliveira (PP), líder da oposição, concedeu entrevista ao site Ozildo Alves, em sua residência, na tarde desta terça-feira (13). Segundo Dinho, o momento é a grande oportunidade do legislativo operar em real benefício da população. Quando perguntado sobre como vai administrar os egos na pequena casinha da oposição, disse ser a tarefa mais fácil. “Não vamos olhar para o retrovisor, mas tentar a união, o poder legislativo incentiva o executivo, no sentido de fomentar e crescer, acreditamos num projeto político que faça a nossa cidade evoluir”, disse.

Estão definitivamente se opondo ao prefeito, Marcondes Francisco (PRP) e Antonio Alexandre (PR), ex – aliados, muitos mandatos consecutivos e somando ao que já se tinha na oposição, um capital político com grandes possibilidades. “Tivemos ativos na política, não elegi o meu deputado estadual, que foi o Val, mas nosso grupo está unido, acredito no potencial do grupo, no deputado federal Mario Júnior em querer contribuir com Paulo Afonso e estamos afinados”, contou. Acompanhe a entrevista na íntegra abaixo:

Ivone Lima – Com a nova composição o senhor continua líder da oposição?

Edson Oliveira – Sim, continuo líder da minoria. Acreditamos que iremos pontuar em favor dos menos favorecidos, das classes sociais que não têm acesso aos benefícios que a prefeitura destina. Nós acreditamos que iremos votar a favor do governo quando os projetos forem a favor da sociedade.

Ivone Lima – As coisas mudaram em quantidade, se espera exatamente pelos nomes que abriga, um grande desempenho político, quais são em sua opinião as reais chances da oposição equilibrar o jogo?

Edson Oliveira – Precisaremos da participação popular nos debates e proposituras. Em termos de votação, obviamente, eles são maioria, mas talvez na ganância em fazer a composição da Mesa, esqueceram das Comissões Permanentes, onde nós vamos atuar com precisão, além de mim, o Macário (PP), Bero do Jardim Aeroporto (PSL), Antônio Alexandre e o Marcondes Francisco, temos certa experiência, enquanto eles ficaram com vereadores que não têm na sua plenitude um conhecimento que possa fazer prevalecer projetos nestas Comissões. Prefiro acreditar que como presidente, o Petrônio será o presidente do legislativo e não da prefeitura. Hoje ele é presidente de um poder que representa o povo de Paulo Afonso, e não a prefeitura.

Ivone Lima – Em dezembro de 2013, a Câmara aprovou uma minireforma tributária e alguns tributos sofreram aumento de 1000%, depois da impopularidade, alguns edis disseram não terem tido à época, o real conhecimento da pauta, o projeto obedeceu todos os trâmites?

Edson Oliveira – Não. Segundo a própria bancada do prefeito, o procurador (Dr. Flávio) os convenceu dizendo que se tratava de um projeto que beneficiaria mais de 60 mil famílias – trata-se de um engodo-, eu observei que a TIP (Taxa de Iluminação Pública) sofreria uma acréscimo de 100%, 200% e até 3000%. Tentamos o debate de todas as formas, mas fomos vencidos, pedimos que se votasse em destaque as famílias que seriam beneficiadas, o Regivaldo pediu vistas do projeto, fomos derrotados no intento. Nos ausentamos da Câmara para mostrar que estamos do lado da sociedade, o mesmo se diga dos radares, onde as cobranças indevidas continuam. O prefeito precisa fazer essas observações, até porque, agora teremos a nova cobrança do IPTU, uma empresa foi contratada para refazer os cálculos e teremos aumento substancial.

Ivone Lima – Sempre que suscitado os debates sobre a cobrança de impostos, particularmente da TIP, o senhor é apontado como o grande responsável pela existência do tributo, como foi que se deu isto à época?

Edson Oliveira – A TIP foi instituída em 1971, no governo de Edson Teixeira Barbosa. Eu era o presidente da Câmara em 1994, quando o então vereador Carvalho Lima apresentou um projeto para extingui-la. Éramos quinze e oito ligados ao prefeito. O placar ficou 7×7, bem antes, Anilton, Aleluia e Dr. Luiz nos convenceram que não seria oportuno retirá-la, que sofreria uma redução. O tempo, senhor da razão, me mostrou que estava errado, hoje todos atribuem a mim a criação, quando foi a manutenção, eu, assim como o Val, Zezinho, Antônio Alexandre, Marcondes Francisco, João Lima e outros. Tive um prejuízo político muito grande, perdi dois mandatos, muitas críticas, e hoje os colegas que me criticam tiveram a oportunidade de extingui-la e votaram contra o povo.

Ivone Lima – Em relação à construção do shopping, a oposição tem algo a questionar?

Edson Oliveira – De início, temos observações, o período entre os dias 10 até o dia 20 achei curto, vou a prefeitura analisar todo o processo, para então verificar se tudo ocorreu dentro da lei.

Ivone Lima – A grande expectativa dos pauloafonsinos é com relação à implantação da UTI, como os senhores pretendem mostrar as possibilidades de finalmente construí-la?, e responder os porquês dela não sair?

Edson Oliveira – Pontuaremos massiçamente nesta questão, entendemos que o estado e o governo federal precisam estar juntos. Dentro do orçamento – embora não esteja especificado-, está previsto esta implantação ainda sem valor determinado. Me estranha é um médico que gerencia a cidade já no seu 3º mandato, não ter privilegiado a UTI ao longo desse tempo. Até onde a UNIFAS irá contribuir resta dúvidas, inclusive o vereador Aureliano (PT), médico, diz que não acredita na criação desta UTI nesta gestão, o que nos tira a esperança.

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