16 de setembro de 2025

‘Galo Cego’, preso em Macururé por receptação, nega acusações e mostra notas fiscais

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O comerciante Uibison Macedo, popularmente conhecido como ‘Galo Cego’, concedeu entrevista ao site Portal Formosa e deu esclarecimentos sobre acusações recentes contra o mesmo (Veja matéria AQUI).

Na manhã de quinta-feira (29) uma operação policial, com mais de 20 policiais e 6 viaturas, pegou a população do Povoado Formosa de surpresa. A operação foi realizada pelas Coordenadorias de Polícia Civill de Paulo Afonso e Euclides da Cunha, juntamente com a Cipe-Caatinga (Polícia Militar) que cumpriram Mandados de Busca e Apreensão expedidos pelo Dr Adriano Vieira de Almeida, juiz Substituto da Comarca de Chorrochó.

Foram autuadas pelo Delegado de Polícia Civil, Ítalo Bruno, quatro pessoas, entre elas o comerciante Galo Cego. De acordo com uma denúncia, Galo Cego teria armas e drogas, além de pneus de caminhões roubados em seu comércio. A veracidade da denúncia não foi comprovada pela polícia, ou seja, não foi localizada nenhuma arma e nem drogas e todos os pneus encontrados em sua borracharia têm nota fiscal.

Em entrevista, o mesmo diz que sempre trabalhou duro e de forma correta para conseguir o que tem hoje e que a denúncia partiu de alguém que tem inveja, de quem não tem coragem de trabalhar.
 

Confira a entrevista abaixo:

Entrevistado: Uibison Macêdo da Silva (Galo Cego)
Local: Povoado Formosa, Macururé-BA

Portal Formosa (PF) – Quais foram as acusações feitas contra você?
Galo Cego – Fui acusado de ter armas de fogo e de ter em meu comércio (uma borracharia) pneus de caminhões roubados.

PF – As acusações são verdadeiras?
Galo Cego – Não, não tenho armas e os pneus que vendo são comprados de forma legal. Todos têm nota fiscal.

PF – Onde você compra os pneus?
Galo Cego – Compro em duas empresas legalizadas. Tenho licença para comprar e vender pneus novos e usados. Todos os pneus encontrados no dia da abordagem policial têm nota fiscal e foi comprovado pela polícia. Há mais de 8 anos que compro nessas empresas e, deixo claro também, que não compro pneus de terceiros.

PF – Por que você acha que fizeram essa denúncia contra você?
Galo Cego – Deve ser inveja. Foi feita por quem não tem coragem de trabalhar como eu trabalho e não tem capacidade de ter o conhecimento que tenho.

PF – Você acha que o denunciante é de Formosa?
Galo Cego – Não posso julgar. Só peço que o denunciante deixe a vida de pessoas de bem em paz.

PF – Em relação aos seus bens matérias, como os adquiriu?
Galo Cego – Tem gente que diz que "subi de vida" muito rápido, mas tudo que tenho consegui em 11 anos de muito trabalho de baixo de sol e chuva. Também não sou rico, tenho apenas o suficiente para me manter.

PF – Há quanto tempo possui a borracharia?
Galo Cego – Há 11 anos

PF – Como foi a abordagem policial?
Galo Cego – Por volta das 05h00min fomos surpreendidos pela polícia já na parte interna da minha casa pedindo para abrir a porta para que eles pudessem entrar. Diziam que estavam com mandato de busca e apreensão. Minha casa foi revistada minuciosamente e nada foi encontrado. A borracharia e lanchonete também foram revistadas em busca de armas. Os pneus também foram verificados se haviam algum sem nota, porém tudo estava de acordo com a lei. A única coisa que encontraram que me levou a ter que prestar esclarecimentos na delegacia foram dois rádios amadores desativados há mais de 2 anos. Infelizmente não tenho as notas deles e também não tenho licença da Anatel para utilizá-los, porém posso provar a origem dos mesmos e garanto também que quando os utilizava era apenas pra me comunicar com os muitos amigos caminhoneiros que tenho.

PF – Onde você conseguiu os rádios amadores e porque você os possuía?
Galo Cego – Comprei os rádios a mais de 8 anos a um amigo de boas procedências. Utilizava-os para me comunicar com meus cliente e amigos caminhoneiros.

PF – Como você se sente em relação ao ocorrido?
Galo Cego – Fiquei muito chateado por ser acusado de algo que não sou. Além disso, tive meu nome e minha foto expostos na mídia regional e redes sociais, como se eu fosse um bandido. Não sou bandido, fui autuado apenas por possuir rádios amadores que, por sinal, já estava desativados há mais de 2 anos. Por eu não possui nota fiscal dos mesmos, não significa que eles sejam roubados ou tenham sido utilizados para o crime. Acho injusto ser autuado por receptação, não recebi nada roubado de ninguém.

PF – Você tem algo a dizer para a pessoa que fez a denúncia?
Galo Cego – Quero dizer a ela que antes de fazer uma acusação tão grave, como essa, que ela investigue bem para depois ir à autoridade. Por causa de uma denúncia infundada como essa, muitas pessoas podem ser gravemente prejudicadas. Se a intenção for essa, de prejudicar, só tenho uma coisa a dizer: Deus está vendo.

PF – Para finalizar, gostaria dizer mais alguma coisa?
Galo Cego – Para quem pensa mal de mim, pouco me importa, pois tenho minha consciência tranqüila, não devo. Muitas pessoas da comunidade que conhecem o Galo Cego e os outros denunciados ficaram surpresas com o ocorrido. "Conheço os meninos desde crianças e não acredito que estejam envolvidos com algum crime", afirma um formosense.  "Pelo tamanho da operação, talvez nunca vista no município de Macururé, com mais de 20 policiais e 6 viaturas, parecia que estavam prendendo os mais perigosos bandidos do Brasil. Foi uma operação muito grande pra apreender tão pouca coisa", disse um morador local.


 

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