Enviado por Washington Luís ([email protected])
O crescente índice de violência no bairro Prainha levou o 20º Batalhão da Polícia Militar a intensificar as blitz e abordagens nas vias de acesso ao bairro. Na última sexta-feira, dia 27 de fevereiro, a Avenida Beira Rio foi cenário de cenas de bang-bang, que resultaram na morte de dois traficantes e de uma senhora que nada tinha a ver com a confusão.
Segundo o radialista Washington Luís, as ações da PM estão sendo bem aceitas pelos moradores, porém, alguns policiais cometem abuso, ao tratarem cidadãos de boa índole como marginais. Ao retornar de um culto evangélico, por volta das 21h30 deste domingo, 1º/3, utilizando uma moto táxi, ele diz que foi abordado de forma grosseira por dois PMs que o trataram sem a menor educação, como se tivessem sido orientados a humilhar e não a proteger os cidadãos, como se pressupõem as prerrogativas da instituição militar.
“Sou totalmente a favor das abordagens policiais, desde que sejam feitas com educação, considerando que segundo a Constituição Federal, “Todo cidadão ou cidadã é inocente até que se prove o contrário”, afirma o radialista indignado com o comportamento dos policiais, que classificou de inexperientes.
Washington Luís, que atua nos meios de comunicação da cidade há quase trinta anos e possui registro na DRT/BA nº 4.109, continua com seu relato sobre o constrangimento a que foi submetido em via pública, segundo ele, por policiais despreparados para lidar com situações que antes de tudo, requerem diplomacia para que não cometam abuso de autoridade, ridicularizando pessoas acima de qualquer suspeita.
“Ao ser obrigado a descer da moto e tirar o capacete sob a mira de uma arma, obedeci, entreguei minha carteira a um dos policiais, que depois de revistá-la, ao invés de me devolver a jogou no chão. Além disso, quando ele me perguntou de onde eu vinha, respondi que acabara de sair de uma igreja evangélica no centro da cidade. A essa resposta, ouvi a seguinte frase em tom de ironia: Bêbado desse jeito? Ressalto que a última vez que ingeri bebida alcoólica foi em dezembro de 1994 e que poderia processar esse cidadão por injúria”, completou.
O radialista reitera sua admiração pela Polícia Militar da Bahia, especialmente pelo 20º Batalhão, onde afirma que sempre foi tratado com respeito, porém repudia a ação desrespeitosa de alguns poucos policiais, que segundo ele, não têm a menor condição de trabalhar na profissão que escolheram.