Quem nunca o fez que atire a primeira pedra
Por Ivone Lima (Jornalista)
Há quem sustente que as doações de empresas a candidatos e partidos é uma das principais mazelas do sistema político. Na raiz do problema o que é do conhecimento de todos: dinheiro não cai do céu, nem dá em árvore. Eis a questão: afinal, de onde vem tanto dinheiro em época de campanha?, ninguém se arrisca a dizer que trata-se das economias de cada candidato, é forçoso pensar que este dinheiro não brota dos lagos mais cristalinos.
O vereador Zezinho (PROS) como é do conhecimento de todos, passou apuros com a esposa entre a vida e a morte. Procurou ajuda certamente entre os “amigos” mais próximos, e, na tentativa de salvá-la, a quem pudesse socorrer. Como declarou na Sessão Ordinária da Câmara (veja matéria aqui), na última segunda-feira (02), o então deputado estadual, Elmar Nascimento lhe estirou a mão.
“Quem não deve não teme, e quem deve se esconde, tenho minhas mãos limpas como disse lá. Soube que minha mulher teria que ir a São Paulo, a cirurgia custava R$ 30 mil reais, eu não tinha condições, todo dinheiro que eu pego gasto com amor ajudando o povo, não vivo na boa vida… Então veio as eleições e o Elmar – agradeço a Deus a ao Elmar -, ele me disse que ajudaria no tratamento, eu não peguei dinheiro para mim, assim seria um ladrão como tantos que tem, mas para salvar minha esposa”, disse Zezinho em entrevista à RBN.
Qual é o busílis da questão?, entre tantas a serem apontadas aqui, vou separar uma simples, independente das razões do Zezinho, cabe a imprensa também se perguntar, só o vereador Zezinho recebeu dinheiro de candidato em campanha, dinheiro que não nasce em árvore, nem brota do chão, eis a questão?
Quem não o fez atire a primeira pedra.