Logo que chegamos à casa de Jéssica Raísa Bezerra, que hoje conta 20 anos, vimos uma faixa singela na fachada, felicitando-a pela conquista da vaga no curso de medicina em Paulo Afonso. Ao encontrá-la, logo nas primeiras palavras, de imediato registramos seus anseios, medos e descobertas. A jovem surpreendentemente consegue unir em sua alma: encantamento e idealismo, ao lado de liberdade e pragmatismo, em outras palavras, o jovem de ontem e o de hoje.
Jéssica recebeu o site de Ozildo Alves, em sua residência, na tarde desta quinta-feira (09), para conversar sobre sua expectativa em relação ao curso de medicina da UNIVASF (Universidade Federal do Vale do São Francisco) a partir do segundo semestre. Até este momento apenas duas pauloafonsinas conseguiram o intento. “Escolhi a UNIVASF porque estou em casa, Paulo Afonso está crescendo, então pensei bem e achei melhor ficar aqui, depois de três anos em Recife. Conversei com alunos do curso e eles estão felizes, me falaram que as coisas estão bem”, rebateu sobre boatos que dizem o contrário.
Na última semana de 2014, saiu o resultado da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), e sua primeira vitória apareceu: foi aprovada em oitavo lugar, em Medicina, com redação nota 1000! Em fevereiro, foi a segunda surpresa: aprovada em Medicina na UNIVASF.
Sem ter a certeza de que será uma futura neurologista, Jéssica não titubeia quando o assunto é o curso de Paulo Afonso. “Aproveitei para visitar a Escolinha e gostei. Foi a melhor escolha que fiz e acredito que dará certo”, contou a moça, acompanhada pela vista da mãe orgulhosa, dona Maria Célia. Acompanhe a entrevista, na íntegra, abaixo:
Ivone Lima – Ser médica é um sonho de criança?, ou você optou por medicina também para realizar a vontade da família?
Jéssica Raísa– Quando eu era criança admirava muito minha pediatra, Dra. Saúde, sempre dizia aos amigos que seria pediatra, até chegar ao final do ensino médio sem ter certeza do que eu queria. Fiz outros cursos, achava que era difícil passar, fiz enfermagem na FASETE, fisioterapia na Maurício de Nassau (Recife), minha mãe sempre quis ser médica, mas nunca me orientou nesse sentido, foi depois dos cursinhos que resolvi.
Ivone Lima – Antes mesmo de começar o curso quais expectativas você tem em relação ao mercado de trabalho?, à carreira de médica no Brasil?
Jéssica Raísa – Em todas as profissões você tem uma grande responsabilidade para ser um profissional exemplar e fazer um bom trabalho. Mas no caso específico da medicina, nós lidamos com a vida das pessoas e precisamos ter paixão, não se trata de status, de ganhar dinheiro, muitas outras coisas estão envolvidas, e sempre há espaço para mais um médico.
Ivone Lima – Nesse sentido, um dos grandes problemas do Brasil é levar jovens médicos para o interior, você se vê nesta realidade?, ao invés de um grande centro com toda tecnologia, ir para uma cidade pequena com poucos recursos?
Jéssica Raísa – Hoje talvez, por está muito cedo e ter uma grande utopia quanto à carreira, a gente quer ser médica e ajudar as pessoas. Vejo assim, mas daqui a seis anos, vai depender do conjunto de coisas que estejam acontecendo na minha vida. Agora eu diria que sim porque sou movida pelas paixões.
Ivone Lima – Toda sua paixão esbarra na realidade do é que o curso de medicina da UNIVASF hoje, você acredita que em poucos períodos já estará melhor estruturado?
Jéssica Raísa – Sim. Talvez seja até uma missão nossa, minha e da Daniele – outra pauloafonsina que está no curso – porque nós já somos da cidade e queremos que dê certo, para melhorar a vida de todos. Ainda não está pronto, mas corre dentro da expectativa que se tinha.
Ivone Lima – Você e Daniela foram as únicas pauloafonsinas que passaram, qual é o segredo?
Jéssica Raísa – Estudar muito (risos).
Ivone Lima – Você acha que existe um método que todos podem seguir ou cada um cria o seu?
Jéssica Raísa – Cada pessoa tem um método. Graças a Deus encontrei o meu. Foram dois anos de cursinho, comecei em 2013, e no ano passado tive uma rotina muito complicada, morava longe do cursinho, estudava o dia inteiro, fizemos muitos simulados e não se trata apenas do estudo. Você precisa está bem com as relações interpessoais: família, amigos, namoro, com sua fé é o conjunto. Há pessoas que têm mais facilidade com provas, por exemplo, o ENEM é muito extenso para pouco tempo. Algumas pessoas estudam muito, mas não treinam um tempo para responder questões e outros que se dão melhor com isso. Na verdade precisa saber um pouco de tudo.
Ivone Lima – Em relação ao ENEM, já dá para confiar na prova?
Jéssica Raísa – Embora ainda aconteçam erros, pode-se dizer que a prova testa a nossa habilidade, fiz uma boa preparação para o ENEM e acredito que isto possa me ajudar muito na universidade. Sempre procurei ter um senso crítico e o cursinho me deixou mais madura, pois saí do ensino médio muito imatura. Nesse ponto, o ENEM é importante na vida dos estudantes porque ele força você sair da zona de conforto.
Ivone Lima – Sua educação foi particular, que conselhos você dá para aqueles estudantes que sonham em passar, mas tem pela frente a escola pública com toda sorte de problemas, inclusive greves que atrapalham a preparação deles?
Jéssica Raísa – É uma realidade um pouco diferente da minha. Mas acho que se pode buscar ajuda com os professores, dá o seu melhor, procurar dicas de estudo. Eu tenho amigos que vieram de escola pública e conseguiram também. É preciso correr atrás.
Jéssica Raísa deixou outras dicas para quem vai encarar o ENEM e outros vestibulares – Fiz dois anos de cursinho, estudando das 7h as 22h de segunda a sexta, fazendo simulados todos os finais de sema��������+�� ��
Logo que chegamos à casa de Jéssica Raísa Bezerra, que hoje conta 20 anos, vimos uma faixa singela na fachada, felicitando-a pela conquista da vaga no curso de medicina em Paulo Afonso. Ao encontrá-la, logo nas primeiras palavras, de imediato registramos seus anseios, medos e descobertas. A jovem surpreendentemente consegue unir em sua alma: encantamento e idealismo, ao lado de liberdade e pragmatismo, em outras palavras, o jovem de ontem e o de hoje.
Jéssica recebeu o site de Ozildo Alves, em sua residência, na tarde desta quinta-feira (09), para conversar sobre sua expectativa em relação ao curso de medicina da UNIVASF (Universidade Federal do Vale do São Francisco) a partir do segundo semestre. Até este momento apenas duas pauloafonsinas conseguiram o intento. “Escolhi a UNIVASF porque estou em casa, Paulo Afonso está crescendo, então pensei bem e achei melhor ficar aqui, depois de três anos em Recife. Conversei com alunos do curso e eles estão felizes, me falaram que as coisas estão bem”, rebateu sobre boatos que dizem o contrário.
Na última semana de 2014, saiu o resultado da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), e sua primeira vitória apareceu: foi aprovada em oitavo lugar, em Medicina, com redação nota 1000! Em fevereiro, foi a segunda surpresa: aprovada em Medicina na UNIVASF.
Sem ter a certeza de que será uma futura neurologista, Jéssica não titubeia quando o assunto é o curso de Paulo Afonso. “Aproveitei para visitar a Escolinha e gostei. Foi a melhor escolha que fiz e acredito que dará certo”, contou a moça, acompanhada pela vista da mãe orgulhosa, dona Maria Célia. Acompanhe a entrevista, na íntegra, abaixo:
Ivone Lima – Ser médica é um sonho de criança?, ou você optou por medicina também para realizar a vontade da família?
Jéssica Raísa– Quando eu era criança admirava muito minha pediatra, Dra. Saúde, sempre dizia aos amigos que seria pediatra, até chegar ao final do ensino médio sem ter certeza do que eu queria. Fiz outros cursos, achava que era difícil passar, fiz enfermagem na FASETE, fisioterapia na Maur&ia