Mesmo depois de tantas discussões em torno da instalação dos radares e da suspeita de irregularidades em um dos aparelhos confirmada, quem foi multado não sabe o que fazer: se por acaso pagar a multa e esta for anulada, será ressarcido? Caso não pague, como ficará a situação? São perguntas que a esta altura já deveriam ter respostas, mas, convenhamos, dadas às prerrogativas de que dispõe à Câmara, neste particular, optou-se pela neutralidade e assim deixa o executivo à vontade para não se mexer com a pressa que o caso exige.
Na Sessão desta segunda-feira (08), os radares voltaram ao plenário com a proposição que pede ao executivo a instalação dos indicadores de velocidade, os quais, segundo explicou o vereador Edson Oliveira (PP), já estavam previstos desde a instalação dos aparelhos. O assunto suscitou uma discussão acalorada depois que Edson Oliveira atribuiu ao vereador Manoel Carreira (PDT) uma posição contrária à instalação do display de velocidade: “O senhor é um mentiroso!” disse Carreira com o dedo em riste, pronto! Estava instalado o clima de MMA na Casa.
Deu trabalho, mas depois de muita conversa o presidente Petrônio Nogueira (PDT) em reunião privada, conseguiu acalmar os ânimos e os vereadores voltaram ao trabalho. Cumpre dizer que Edson estava mesmo certo.
“Não existe se quer um omeprazol para socorrer um cidadão em Paulo Afonso, então porque eu vou aplaudir esse governo?” disparou Antonio Alexandre (PR) e foi mais: “Tem um contrato direcionado da Secretaria de Saúde que já está sendo investigado pelo Ministério Público, porque encontra-se extremamente irregular, vocês vejam que as condições da equipe para remoção da qual fazem parte médicos, técnico de enfermagem, enfermeiros e condutores, porém, quando se vai fazer a remoção só existe o condutor”, afirmou.
Vereador Antônio Alexandre (PR) denunciou contrato supostamente direcionado na Secretaria Municipal da Saúde
Segundo explicou o vereador, o município paga os encargos sociais: FGTS e INSS que são cobrados pela empresa, mas que recolhimento a empresa tem, se, por exemplo, um médico viaja uma semana e na próxima já é outro? Não existe essa equipe fixa. Quem já precisou de uma remoção sabe a angústia que é achar a vaga e não ter o médico para acompanhar. Luis Aureliano (PT) atento à fala de Alexandre, disse que em seu tempo de secretário não contratou o serviço dessa forma por ser muito caro, e alertou: “se comprovada a irregularidade a denúncia é grave demais”.
"Cara feia para mim é fome" com o semblante tranquilo, Edson Oliveira ouviu as desculpas do colega, o desculpou e soltou o verbo: “Nos deveríamos ter a obrigação de regulamentar o que está na lei, esses redutores são caça-níqueis do município, toda essa angústia que passamos aqui é porque andamos na cidade e o povo nos pergunta o que estamos fazendo? Edson disse que está previsto na lei federal que regulamenta os redutores a instalação do display de velocidade.
Vereador Edson Oliveira (PP): "Esses redutores são caça-níqueis do município"
A aprovação do PNE fica para depois
A votação do Plano Nacional de Educação foi adiada para que os vereadores estudem as minúcias do documento com cuidado. Na próxima Sessão, portanto, serão aprovados o Plano e o aumento de 13% para os professores como pede a lei federal e a regulamentação do município através do projeto de lei.
O projeto de lei n 03/2015 da Irmâ Leda (PDT) pede que seja fixada a relação das linhas em todas as localidades das paradas de pontos de ônibus do município. “Falta muita informação ao usuário de ônibus e esse projeto eu já tinha desde que era secretária, está previsto também a recuperação de paradas e que se coloque pontos onde não tem”, respondeu ao vereador Antonio Alexandre, que propôs uma emenda para ser anexada ao projeto cobrando do município a recuperação das paradas. “Muitas vezes o motorista para onde quer porque não existe o ponto e isto é uma esculhambação”, disse.
Irmã Leda (PDT) quer lista de linhas nas paradas de ônibus
O projeto foi aprovado e junto vem o pedido de alguns vereadores para que município enxergue o que acontece nos bairros, onde as paradas são poucas e descuidadas. “Os moradores do BTN reclamam muito a falta desses pontos, alguns existem, mas sem a manutenção”, disse o vereador Zé Carlos.