No dia 18 de maio de 2015, Nilton Oliveira, então técnico do Ibametro, compareceu à Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Paulo Afonso, cumprindo o requerimento proposto pela oposição, a fim de esclarecer de uma vez por todas as dúvidas da população em relação às multas aplicadas pelos radares. Antes, o secretário de serviços públicos, Paulo Mergulhão, também compareceu à Câmara, negou a existência de irregularidades e apontou que a existência de dois laudos emitidos pelo Ibametro, uma reprovando e outro aprovando os aparelhos, por si só já demonstrava equívoco do próprio órgão.
Contudo, Nilton Oliveira foi taxativo. “Não há dois laudos, mas apenas um. Eu aferi o aparelho cinco vezes, quatro estavam erradas e uma certa, inclusive o próprio aparelho numa posição abaixo da prevista, estava na posição três quando deveria está na quatro. Avisei aos técnicos da empresa, o aparelho foi trocado e no outro dia emiti outro laudo atestando o radar”, disse à época. Ou seja, o primeiro laudo apontava diferença de mais de 9/km. Depois de trocado o técnico analisou o aparelho e viu que estava correto e emitiu o segundo, validando-o. Este aparelho está localizado ao lado da Caixa Econômica.
Milhares de multas foram aplicadas sob a suspeita do erro e um homem foi humilhado publicamente. Exonerado sumariamente do trabalho que fazia há três anos, dois meses depois de comparecer à Câmara. Nilton Oliveira procurou o programa “Radar 89”, da Radio Delmiro FM, e expôs uma situação absurda e lamentável a qual foi vítima.
Situação, caros leitores, que constrange até quem precisa escrevê-la. Não se pode pensar que em pleno século XXI, casos como estes ainda aconteçam neste país. Fica, no entanto, o espaço para que os nomes citados recorram. E como bem adverte Nilton Oliveira: se tiverem coragem de negar.
“Para mim é uma tristeza muito grande, eu sou um lutador, tenho uma história em Paulo Afonso, fui menino de rua, usuário de drogas, fui ajudado e hoje sou um homem digno, de respeito, um pai de família, venho procurando trabalhar com honestidade, para está no Ibametro abri mão de uma aposentadoria especial a qual tinha direito. Fui preparado, tenho certificado, tenho aqui em mãos minha produtividade e nunca aceitei suborno” desabafou.
A degola de Nilton Oliveira
Há oito dias, o diretor geral do Ibametro, Randerson Leal me ligou e disse que o prefeito ligou três vezes pedindo a minha demissão. O diretor inclusive mandou o relatório de volta porque não havia encontrado nada que justificasse a minha demissão. Porém, hoje de madrugada eu soube da minha exoneração.
Veja o absurdo dos absurdos nas ilustrações abaixo:
Observe no Diário Oficial a justificativa do diretor Randerson Vieira para demitir Nilton Oliveira. Porém, o próprio Nilton, conforme texto acima, disse que Randerson havia ligado para ele alertando que prefeito Anilton teria pedido sua demissão.
Inaptidão à função? Além de vários cursos de qualificação ao longo dos três anos como técnico, Nilton foi destaque na Revista ‘QualiMetro’ pelos bons serviços prestados ao órgão.
A história de Nilton Oliveira com a política e o arrependimento
O prefeito de Paulo Afonso, o senhor Anilton Bastos sabe que me procurou quando foi candidato a prefeito, nós abraçamos a causa, trabalhei e hoje quero aproveitar este espaço e pedir desculpas à pessoa de Raimundo Caíres (ex-prefeito), me arrependo. Eu não era de segundo escalão ou terceiro, Anilton me ligava e eu lá estava seja de dia ou à noite. Passei muitas perseguições, sou filiado a um partido político (PSC), entrei no IBAMETRO através do presidente do partido, fui supervisor do IBAMETRO e quando meu partido saiu do governo, eu havia feito o REDA e passei.
O suborno nosso de cada dia
Nunca aceitei suborno, não aceitei, por exemplo, ficar na ASCOM – Assessoria de Comunicação – recebendo sem trabalhar. O chefe do gabinete sabe das distribuições feitas sem trabalho, recusei receber R$ 800 reais mensais, pagos em espécie, recebem deste dinheiro: radialistas, pessoas ligadas a vereadores etc,. Tenho provas.
As notificações até 21 de outubro de 2014
Todos os senhores que foram notificados até o dia 21 de outubro de 2014, estas multas estão irregulares, elas não foram legais, porque o radar estava operando de maneira irregular, o próprio técnico da empresa reconheceu a posição errada. Isto foi dito, a rádio local de Paulo Afonso tem a gravação, não sei por que não está no ar, diante de tanta coisa? Quando fui à Câmara estava como preposto do Ibametro, fui apresentar um relatório que já existia, o órgão aceitou. Falei diante dos funcionários da empresa que tinha absoluta certeza do meu relatório e que não mudaria nada, estava dentro dos procedimentos do órgão e eu estava preparado para isto, então não entendo porque três anos depois eu não estou apto?
O prefeito Anilton Bastos, o governador da Bahia e o método
Segundo o diretor Randerson Leal, minha demissão foi a pedido do governador Rui Costa. Ou seja, o prefeito apelou a tudo que pode.
A humilhação, a coerção e o inadmissíve��������Ñ2�� ��
No dia 18 de maio de 2015, Nilton Oliveira, então técnico do Ibametro, compareceu à Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Paulo Afonso, cumprindo o requerimento proposto pela oposição, a fim de esclarecer de uma vez por todas as dúvidas da população em relação às multas aplicadas pelos radares. Antes, o secretário de serviços públicos, Paulo Mergulhão, também compareceu à Câmara, negou a existência de irregularidades e apontou que a existência de dois laudos emitidos pelo Ibametro, uma reprovando e outro aprovando os aparelhos, por si só já demonstrava equívoco do próprio órgão.
Contudo, Nilton Oliveira foi taxativo. “Não há dois laudos, mas apenas um. Eu aferi o aparelho cinco vezes, quatro estavam erradas e uma certa, inclusive o próprio aparelho numa posição abaixo da prevista, estava na posição três quando deveria está na quatro. Avisei aos técnicos da empresa, o aparelho foi trocado e no outro dia emiti outro laudo atestando o radar”, disse à época. Ou seja, o primeiro laudo apontava diferença de mais de 9/km. Depois de trocado o técnico analisou o aparelho e viu que estava correto e emitiu o segundo, validando-o. Este aparelho está localizado ao lado da Caixa Econômica.
Milhares de multas foram aplicadas sob a suspeita do erro e um homem foi humilhado publicamente. Exonerado sumariamente do trabalho que fazia há três anos, dois meses depois de comparecer à Câmara. Nilton Oliveira procurou o programa “Radar 89”, da Radio Delmiro FM, e expôs uma situação absurda e lamentável a qual foi vítima.
Situação, caros leitores, que constrange até quem precisa escrevê-la. Não se pode pensar que em pleno século XXI, casos como estes ainda aconteçam neste país. Fica, no entanto, o espaço para que os nomes citados recorram. E como bem adverte Nilton Oliveira: se tiverem coragem de negar.
“Para mim é uma tristeza muito grande, eu sou um lutador, tenho uma história em Paulo Afonso, fui menino de rua, usuário de drogas, fui ajudado e hoje sou um homem digno, de respeito, um pai de família, venho procurando trabalhar com honestidade, para está no Ibametro abri mão de uma aposentadoria especial a qual tinha direito. Fui preparado, tenho certificado, tenho aqui em mãos minha produtividade e nunca aceitei suborno” desabafou.
A degola de Nilton Oliveira
Há oito dias, o diretor geral do Ibametro, Randerson Leal me ligou e disse que o prefeito ligou três vezes pedindo a minha demissão. O diretor inclusive mandou o relatório de volta porque não havia encontrado nada que justificasse a minha demissão. Porém, hoje de madrugada eu soube da minha exoneração.
Veja o absurdo dos absurdos nas ilustrações abaixo:
Observe no Diário Oficial a justificativa do diretor Randerson Vieira para demitir Nilton Oliveira. Porém, o próprio Nilton, conforme texto acima, disse que Randerson havia ligado para ele alertando que prefeito Anilton teria pedido sua demissão.