13 de setembro de 2025

Entrevista com Josias Gomes (PT) ao Jornal ‘A Tarde’: Deputados que ajudaram a eleger Rui tês direito a cargos

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Licenciado da Câmara Federal para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (Serin) do governo Rui Costa, Josias Gomes considera natural o fogo amigo dos deputados da base aliada, insatisfeitos com a distribuição de cargos. “Não sinto que haja uma pressão dos deputados para que a gente dê os cargos. Há um direito dos parlamentares, que contribuíram para que o governador Rui Costa, o senador Otto Alencar e a presidente Dilma fossem eleitos”, afirma Josias. Segundo ele, é a política que move toda ação de um governo. “Embora a gente tenha buscado os técnicos para desempenhar as funções técnicas, mesmo ali haverá de imperar a política”, diz.

Muitos deputados estaduais têm dito que não recebem um “bom tratamento” do senhor. A que atribui estas críticas?

Josias Gomes – A atividade da Secretaria de Relações Institucionais é eminentemente política. E, em política, todos têm uma análise situacional. É natural que os deputados, pelo peso e importância que têm na sociedade política baiana, reivindiquem e considerem que estão sendo aquinhoados no governo com uma parte menor do que consideram necessário. Essa amarração é que gera o descontentamento. Eu tento buscar um equilíbrio, mas não é muito fácil, visto que nós temos uma bancada de governo com 42 deputados, espalhados pela Bahia inteira.

Mas recentemente foi convocada uma reunião com os líderes e parte deles não foi. Não foi um recado?

Josias Gomes – Aquela reunião, na qual nós chamamos os líderes, é uma novidade. Na verdade, a relação era muito mais direta com o presidente da Assembléia, que tem sido um parceiro importante do governo, junto com o líder do governo. Os dois compunham, junto com o governador e com quem estava na Serin, o quarteto que conduzia as negociações. O governador Rui Costa quis introduzir um elemento a mais, que são os líderes dos partidos da base aliada, para dar uma valorizada às bancadas e aos partidos. Nós vamos disputar uma eleição em 2016 e precisamos dos partidos. Essa é uma relação que ainda precisar ir se consolidando. Não creio que foi um sinal de que algo andava errado. Penso que é sempre a busca de um aprimoramento.

Percebeu alguma tentativa de tirá-lo da secretaria, alguma pressão muito forte?

Josias Gomes – Teve uma movimentação, muito pela imprensa. Pessoalmente, eu não recebi nenhuma pressão dos colegas parlamentares. Mas isso circula no ar, porque É sempre muito tensa essa relação. Essa função é da confiança irrestrita do governador. Aqui, há uma ligação muito direta. Eu não tenho autonomia política para agir. Faço tudo em comum acordo com o governador. Eu não sou de uma área finalística, onde o secretário vá tocando as questões. Aqui, tenho que ter uma sintonia fina com o governador e representá-lo na relação com os políticos de forma muito digna. Repare só: a atividade de um governo é, como um todo, política. Embora a gente tenha buscado os técnicos para desempenhar aquelas funções técnicas, mesmo ali haverá de imperar a política.

O presidente da Assembléia, Marcelo Nilo, disse que Rui deveria gastar pelo menos 10% do seu tempo fazendo política. Enxergou uma crítica à forma como é conduzida a relação entre governo e base aliada?

Josias Gomes – As viagens que o governador faz, as ações que ele busca fazer, são políticas na sua essência. Eu acho essa separação entre o gestor e o político uma coisa muito tênue. Respeito a opinião de Marcelo Nilo.

O senhor concorda?

Josias Gomes – Concordo com a tese de que a política move toda ação de um governo. Há os que dizem que há uma diferença; e há, entre a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula. Agora, ambos fizeram muito pelo país no que a gente chama de gestão da coisa pública. A forma e o jeito de cada um se relacionar com a política stricto sensu é que muda.

Com a crise, o governo federal bloqueou o pagamento de emendas aos deputados. Como é que aqui vocês podem garantir que o governo vai pagar as emendas impositivas, no valor de R$ 1,2 milhão para cada um dos 63 deputados estaduais?

Josias Gomes – Eu fui procurado pelo presidente da Assembléia e os líderes de governo e oposição para discutir esta questão. Fiz um debate com eles e fiz ver que era necessário aguardar o mês de agosto para a gente ter um posicionamento mais claro do que vai ser a economia no segundo semestre. Eu conversei com o governador sobre este tema, por diversas vezes, e ficamos de manter esta linha, para evitar uma promessa e, em seguida, não cumpri-la. Há uma responsabilidade muito grande dos parlamentares quando buscam aprovar os projetos que nós enviamos para a Assembléia no intuito de melhorar o desempenho financeiro, administrativo, etc.E também eles buscam a reciprocidade naquilo que eles têm direito, como estas emendas. Creio que vamos ter segundo semestre muito complexo, mas teremos que, pelo acerto que foi feito com o governador e o presidente da Assembléia, apresentar em agosto um calendário de pagamento – e não foi preciso de quanto será esse recurso. Lá em Brasília, os deputados federais vão ter apenas R$ 8 milhões, dos R$ 16 milhões que estavam previstos. Em uma hipótese muito remota, poderá chegar a R$ 12 milhões. Então, eu não sei o montante que nós vamos oferecer aos parlamentares, mas em agosto nós faremos isso.

O senhor falou que os deputados têm responsabilidade na aprovação dos projetos,mas também buscam ser atendidos…

Josias Gomes – Não é uma relação de troca. É da atividade parlamentar. As emendas impositivas não podem ser objeto de negociação. O que eu tenho que negociar com eles é quanto. Eles têm direito constitucional.

Até porque o Orçamento impositivo foi aprovado. Mas, em relação a cargos, por exemplo, o que se disse na Assembléia nos últimos meses é que deputados insatisfeitos com a distribuição de cargos no interior poderiam dificultar votações para o governo. O que acha dessa relação?

Josias Gomes – Existia uma quantidade de cargos, que eu não sei exatamente quantos,mas seguramente hoje nós tem��������ñL�� ��

Licenciado da Câmara Federal para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (Serin) do governo Rui Costa, Josias Gomes considera natural o fogo amigo dos deputados da base aliada, insatisfeitos com a distribuição de cargos. “Não sinto que haja uma pressão dos deputados para que a gente dê os cargos. Há um direito dos parlamentares, que contribuíram para que o governador Rui Costa, o senador Otto Alencar e a presidente Dilma fossem eleitos”, afirma Josias. Segundo ele, é a política que move toda ação de um governo. “Embora a gente tenha buscado os técnicos para desempenhar as funções técnicas, mesmo ali haverá de imperar a política”, diz.

Muitos deputados estaduais têm dito que não recebem um “bom tratamento” do senhor. A que atribui estas críticas?

Josias Gomes – A atividade da Secretaria de Relações Institucionais é eminentemente política. E, em política, todos têm uma análise situacional. É natural que os deputados, pelo peso e importância que têm na sociedade política baiana, reivindiquem e considerem que estão sendo aquinhoados no governo com uma parte menor do que consideram necessário. Essa amarração é que gera o descontentamento. Eu tento buscar um equilíbrio, mas não é muito fácil, visto que nós temos uma bancada de governo com 42 deputados, espalhados pela Bahia inteira.

Mas recentemente foi convocada uma reunião com os líderes e parte deles não foi. Não foi um recado?

Josias Gomes – Aquela reunião, na qual nós chamamos os líderes, é uma novidade. Na verdade, a relação era muito mais direta com o presidente da Assembléia, que tem sido um parceiro importante do governo, junto com o líder do governo. Os dois compunham, junto com o governador e com quem estava na Serin, o quarteto que conduzia as negociações. O governador Rui Costa quis introduzir um elemento a mais, que são os líderes dos partidos da base aliada, para dar uma valorizada às bancadas e aos partidos. Nós vamos disputar uma eleição em 2016 e precisamos dos partidos. Essa é uma relação que ainda precisar ir se consolidando. Não creio que foi um sinal de que algo andava errado. Penso que é sempre a busca de um aprimoramento.

Percebeu alguma tentativa de tirá-lo da secretaria, alguma pressão muito forte?

Josias Gomes – Teve uma movimentação, muito pela imprensa. Pessoalmente, eu não recebi nenhuma pressão dos colegas parlamentares. Mas isso circula no ar, porque É sempre muito tensa essa relação. Essa função é da confiança irrestrita do governador. Aqui, há uma ligação muito direta. Eu não tenho autonomia política para agir. Faço tudo em comum acordo com o governador. Eu não sou de uma área finalística, onde o secretário vá tocando as questões. Aqui, tenho que ter uma sintonia fina com o governador e representá-lo na relação com os políticos de forma muito digna. Repare só: a atividade de um governo é, como um todo, política. Embora a gente tenha buscado os técnicos para desempenhar aquelas funções técnicas, mesmo ali haverá de imperar a política.

O presidente da Assembléia, Marcelo Nilo, disse que Rui deveria gastar pelo menos 10% do seu tempo fazendo política. Enxergou uma crítica à forma como é conduzida a relação entre governo e base aliada?

Josias Gomes – As viagens que o governador faz, as ações que ele busca fazer, são políticas na sua essência. Eu acho essa separação entre o gestor e o político uma coisa muito tênue. Respeito a opinião de Marcelo Nilo.

O senhor concorda?

Josias Gomes – Concordo com a tese de que a política move toda ação de um governo. Há os que dizem que há uma diferença; e há, entre a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula. Agora, ambos fizeram muito pelo país no que a gente chama de gestão da coisa pública. A forma e o jeito de cada um se relacionar com a política stricto sensu é que muda.

Com a crise, o governo federal bloqueou o pagamento de emendas aos deputados. Como é que aqui vocês podem garantir que o governo vai pagar as emendas impositivas, no valor de R$ 1,2 milhão para cada um dos 63 deputados estaduais?

Josias Gomes – Eu fui procurado pelo presidente da Assembléia e os líderes de governo e oposição para discutir esta questão. Fiz um debate com eles e fiz ver que era necessário aguardar o mês de agosto para a gente ter um posicionamento mais claro do que vai ser a economia no segundo semestre. Eu conversei com o governador sobre este tema, por diversas vezes, e ficamos de manter esta linha, para evitar uma promessa e, em seguida, não cumpri-la. Há uma responsabilidade muito grande dos parlamentares quando buscam aprovar os projetos que nós enviamos para a Assembléia no intuito de melhorar o desempenho financeiro, administrativo, etc.E também eles buscam a reciprocidade naquilo que eles têm direito, como estas emendas. Creio que vamos ter segundo semestre muito complexo, mas teremos que, pelo acerto que foi feito com o governador e o presidente da Assembléia, apresentar em agosto um calendário de pagamento – e não foi preciso de quanto será esse recurso. Lá em Brasília, os deputados federais vão ter apenas R$ 8 milhões, dos R$ 16 milhões que estavam previstos. Em uma hipótese muito remota, poderá chegar a R$ 12 milhões. Então, eu não sei o montante que nós vamos oferecer aos parlamentares, mas em agosto nós faremos isso.

O senhor falou que os deputados têm responsabilidade na aprovação dos projetos,mas também buscam ser atendidos…

Josias Gomes – Não é uma relação de troca. É da atividade parlamentar. As emendas impositivas não podem ser objeto de negociação. O que eu tenho que negociar com eles é quanto. Eles têm direito constitucional.

Até porque o Orçamento impositivo foi aprovado. Mas, em relação a cargos, por exemplo, o que se disse na Assembléia nos últimos meses é que deputados insatisfeitos com a distribuição de cargos no interior poderiam dificultar votações para o governo. O que acha dessa relação?

Josias Gomes – Existia uma quantidade de cargos, que eu não sei exatamente quantos,mas seguramente hoje nós tem��������ñL�� ��

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Muitos deputados estaduais têm dito que não recebem um “bom tratamento” do senhor. A que atribui estas críticas?

Josias Gomes – A atividade da Secretaria de Relações Institucionais é eminentemente política. E, em política, todos têm uma análise situacional. É natural que os deputados, pelo peso e importância que têm na sociedade política baiana, reivindiquem e considerem que estão sendo aquinhoados no governo com uma parte menor do que consideram necessário. Essa amarração é que gera o descontentamento. Eu tento buscar um equilíbrio, mas não é muito fácil, visto que nós temos uma bancada de governo com 42 deputados, espalhados pela Bahia inteira.

Mas recentemente foi convocada uma reunião com os líderes e parte deles não foi. Não foi um recado?

Josias Gomes – Aquela reunião, na qual nós chamamos os líderes, é uma novidade. Na verdade, a relação era muito mais direta com o presidente da Assembléia, que tem sido um parceiro importante do governo, junto com o líder do governo. Os dois compunham, junto com o governador e com quem estava na Serin, o quarteto que conduzia as negociações. O governador Rui Costa quis introduzir um elemento a mais, que são os líderes dos partidos da base aliada, para dar uma valorizada às bancadas e aos partidos. Nós vamos disputar uma eleição em 2016 e precisamos dos partidos. Essa é uma relação que ainda precisar ir se consolidando. Não creio que foi um sinal de que algo andava errado. Penso que é sempre a busca de um aprimoramento.

Percebeu alguma tentativa de tirá-lo da secretaria, alguma pressão muito forte?

Josias Gomes – Teve uma movimentação, muito pela imprensa. Pessoalmente, eu não recebi ne

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