Por E.Ferreira
Faltam poucos dias para um dos momentos que entrará para a história do Brasil como um marco histórico, social e político: Segundo turno de uma eleição presidencial tensa, acirrada. Porém não se trata apenas de uma disputa política típica nem apenas de votos em uma urna eletrônica. Existe uma peculiaridade neste momento, existe uma divisão que não é velada, uma luta intitulada por alguns de “ guerra espiritual”, bem contra o mal, justiça por injustiça, esperança contra desesperança e o mais importante decidirá o rumo de nosso futuro.
Algumas bases são essenciais para que um Estado possa estabelecer o melhor para o seu povo: Educação, saúde, políticas sociais e públicas, justiça viabilização de direitos e reconhecimento das mãos que de fato levantaram e levantam a nação: a mão trabalhadora, calejada, persistente, cansada, porém, ausente de fraqueza. Nos resta a pergunta quem representará esses interesses de maneira justa e legítima?
Quem irá cumprir com o dever de Chefe de Estado de estar e ser pelo povo? Quem levará livros aos pequenos brasileiros? Quem olhará pelo Sistema de saúde feito por seus profissionais e usuários? Quem irá olhar pelos invisíveis, marginalizados, pessoas em situação de rua? Não menos importante… não podemos esquecer também de nossas bravas mulheres, pequenos empreendedores/as, pessoas com deficiência. Todos filhos deste solo. Nosso solo, nossa cultura, nosso passado, presente e nosso futuro.
Euclides da Cunha, disse em sua obra “ O nordestino é, antes de tudo, um forte”. E que força emana dos nordestinos! Posso afirmar que o brasileiro é, antes de tudo, forte. Fomos fortes durante as perdas e o medo na pandemia, fomos fortes quando tivemos que lidar com a alta inflação, fomos fortes com cortes em setores de extrema importância, fomos fortes diante do desemprego, fomos fortes diante das chuvas que ceifaram vidas. Acerca de nossa força não existe dúvida alguma. O que deve ser questionado nesse momento é: Quem será digno de representar, reconhecer e legitimar nossa força e nossos direitos?
Iniciei afirmando que este momento ficará para história, já está nela, somos parte dessa história e temos em nossas mãos e mentes a possibilidade de escrever uma história melhor para nosso país, para o povo, inclusive pelos que não poderão representar seus interesses, pois sequer sabem que os detém. O rumo dessa narrativa poderá nos relembrar de nossa dignidade, ou perpetuar nossa simples sobrevivência diante do que já está posto. Ao final, podemos decidir se queremos que o solo de nossa pátria seja solo fecundo para o nosso desenvolvimento, ou que se banhe com o sangue de uma guerra que imagino que a maioria não queira.