
A Companhia Roda da Baraúna já soma mais de 22 anos de trajetória de um trabalho ininterrupto e buscando, através das artes, promover um desenvolvimento cultural na cidade de Paulo Afonso/BA e região.
Há muito, a Companhia deixa frutos, expande seus galhos e através de suas folhas, levadas pelos ventos do cenário da ilha de Paulo Afonso, permanece resistindo e sobrevivendo de suas ações na cidade e em cidades circunvizinhas.
Atualmente, a Baraúna (apelidada carinhosamente por algumas pessoas), possui uma equipe de gigantes na sua linha de frente. Todas as sócias e sócios fazem um trabalho árduo e possuem um longo currículo profissional e artístico, a exemplo de Dolores Moreira, Carolina Alexandra, Leandro Medeiros (atual presidente da Companhia), Erik Bezerra, Isadora Luz, Iury Ryan, Joseane Rodrigues e Jairo Varjão.
Tanto esforço, dedicação, comprometimento e responsabilidade, levou a Baraúna a expandir seus galhos e raízes para mais além.
Em novembro do ano passado (2018), a Baraúna levou um espetáculo de seu repertório para o Festival de Teatro do Interior da Bahia, um dos maiores Festivais que abraça espetáculos de cidades fora dos roteiros das capitais.
O espetáculo que conquistou o público, durante duas noites em novembro na cidade de Vitória da Conquista/BA, foi “Enquanto Os Dias São Mortos”, do autor e ex-membro da Baraúna, Luan Almeida.
O espetáculo conta com a atuação precisa, intensa e emocionante da atriz Carolina Alexandra, que arrancou aplausos calorosos da plateia, direção cirúrgica e magistral da diretora Dolores Moreira, com mais de 40 anos de teatro na vida e que também assina a iluminação do espetáculo, que teve bastante destaque e chamou atenção no Festival.
Ainda traz a sensibilidade de Erick Bezerra operando a paisagem sonora da peça e Iury Ryan e Isadora Luz na produção geral, organizando todos os bastidores junto com a equipe, afinando todas as questões para o espetáculo ser realizado.
A peça aborda o tema do suicídio, questão que assola a cidade e vários outros lugares do Brasil no século XXI.
O espetáculo busca refletir questões sobre o suicídio, questionando os motivos que levam as pessoas a cometerem tal ato e buscando válvulas de escape.
A carga emocional e densa do espetáculo tocou o público que se emocionou bastante e levou o espetáculo a ser um dos indicados na categoria Melhor Espetáculo do Interior do Prêmio Braskem de Teatro, um dos prêmios de teatro mais importantes do Estado da Bahia.
Isso fez com que a Baraúna se promovesse cada vez mais, mantendo, como sempre, um trabalho sensível e resultado de muito esforço e suor.
Em 22 anos, depois de já ter ganhado vários prêmios nessa estrada, a Baraúna já participou de vários festivais, por exemplo, o III FENART (Festival Nacional de Artes)/ João Pessoa/PB, VIII Festival de Inverno da Bahia em Vitória da Conquista/BA, FIG (Festival de Inverno de Garanhus) em Garanhuns/PE, I e II Festival Nacional de Teatro Universitário (Universidade em Cena) Cidade Universitária da USP em São Paulo/SP, VII Festival de Monólogos de Camaçari em Camaçari/BA, Pré-Conferência Nacional do Meio Ambiente em Salvador/BA, Conferência Nacional do Meio Ambiente em Brasília/DF, Projeto Circulandô em Salvador/BA, II Criação Teatral Volkswagen em Recife/PE, entre outros.
Muitos artistas foram frutos da Companhia e que hoje ainda continuam produzindo também muitos trabalhos, como forma de resistência cultural diante das dificuldades que sempre foram impostas ao campo da Cultura nesse país.
Mesmo assim, sobrevivendo com várias adversidades, a Baraúna resiste, sendo símbolo da arte e cultura na cidade, servindo de referência artística para vários outros grupos e entidades. E assim como a árvore Baraúna, também bastante presente na Caatinga, a Companhia se mantém forte, frondosa, gigante e cada vez mais expandindo suas raízes por esse chão do sertão baiano e além dele.
Parabéns. A esses guerreiros da arte..Vcs já são vencedores. Acredite. Abraços a tds
Muito sucesso para vocês. Vocês merecem.
Parabéns a TODOS que fazem esse maravilhoso grupo que apesar das dificuldade vem vencendo e traspassando as barreiras.